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Sem saber o que ler? Veja 10 livros indicados por jornalistas mulheres da Folha

Lista inclui ficção e não ficção de autores nacionais e estrangeiros

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São Paulo

Neste domingo (29) comemora-se o Dia Nacional do Livro. A data, além de ser um incentivo à leitura, homenageia a fundação da Biblioteca Nacional do Brasil, fundada em 1810, no Rio de Janeiro.

Para inspirar a escolha da próxima leitura, jornalistas e editoras da Folha indicam livros de ficção e não ficção. Confira a lista abaixo.

"Árvore de Diana", de Alejandra Pizarnik
O livro foi lançado em 1962, após uma estada da autora argentina em Paris, e marca o início do estilo que a eternizaria como poeta. Ele evidencia o interesse de Pizarnik pelas artes plásticas.

"Através de símbolos comuns ao surrealismo, a autora escreve versos emocionalmente carregados que parecem codificar a sua busca pelo que lhe é essencial —resposta que dá pistas, mas aflitivamente escapa", diz Alessandra Monterastelli, repórter da Ilustrada.

"Departamento de Especulação", da Jenny Offill
A esposa, como é chamada a personagem principal deste romance, não queria se casar e só tinha olhos para o trabalho. Até que ela conhece um músico, suas vontades mudam e acaba se casando. Suas ambições vão se transformando no ambiente doméstico, com filhos e marido.

"A autora usa um fluxo de pensamento poético para discutir os anseios da mulher contemporânea que não se realiza como grande artista e acaba casada e com filhos", afirma Bárbara Blum, repórter do Todas, sobre o livro.

"Guerra Civil", de Hans Magnus Enzensberger
O ensaísta e poeta aborda conflitos na vida cotidiana de trabalhadores imigrantes na Europa, uma guerra civil que ela chama de molecular, interna em cada país. Nos anos 1990, Enzensberger mostra como esses conflitos eclodiram naquela região.

"Um livro de ensaios maravilhosamente bem escrito, com um texto fluido e enxuto e um conteúdo denso e vibrante, que nos obriga a refletir. Tudo o que o jornalismo deve sempre almejar", diz Ana Estela de Sousa Pinto, editora de Mercado.

"Pachinko", de Min Jin Lee
O livro da jornalista coreano-americana, lançado no Brasil pela Intrínseca, com tradução de Marina Vargas, é um tour de force sobre as complexas relações entre coreanos e japoneses antes e depois da guerra. Para tanto, Lee narra a saga de Sunja, uma coreana nascida no início do século passado, sua família e seu legado, debruçando-se sobre o calvário a que imigrantes da península foram submetidos no Japão. O livro foi adaptado para as telas e virou série no Apple TV+

"Sua escrita delicada, incisiva e sóbria se ampara em uma década de pesquisa minuciosa sobre o tema e nos conduz por um século de história", afirma Luciana Coelho, secretária-assistente de Redação e editora de Impresso.

"Querida Konbini", de Sayaka Murata
A obra traz uma personagem complexa, que, com dignidade e independência, encontra completude no hermetismo da loja de conveniência em que trabalha.

"Adoro este livro, que desafia nossa ideia de pertencimento e autonomia. A autora confronta nosso imaginário sobre o que é uma vida bem-sucedida", afirma Gabriela Mayer, repórter de podcast.

"Solitária", de Eliana Alves Cruz
A autora conta a história de duas mulheres negras, Mabel e Eunice, que moram no trabalho. Elas são empregadas domésticas de uma família que vive em um condomínio de luxo. Eunice, mãe de Mabel, é testemunha de um crime chocante, enquanto a filha constrói um caminho para a solução do crime que vai mudar a vida da sua família.

"Mabel e Eunice, protagonistas desse romance, contam sua vida em primeira pessoa e dão conta do que significa dizer que o trabalho doméstico no Brasil é uma sobrevida da escravidão colonial", diz Flavia Lima, secretária-assistente de Redação e editora de Diversidade.

"Tetralogia Amiga Genial", de Elena Ferrante
Elena Ferrante apresenta a evolução de uma amizade entre Elena Grecco e Rafaella Cerrulo, duas jovens que vivem em uma vizinhança pobre de Nápoles, na Itália.

"Esse livro me mostrou aspectos do 'ser mulher' que eu ainda não tinha pensado sobre. Um dos pensamentos mais marcantes foi o de como o que conhecemos do ser mulher muitas vezes é filtrado pela cabeça e expectativas dos homens", afirma a estagiária Juliana Matias.

"Tudo Sobre o Amor", de bell hooks
O primeiro livro da Trilogia do Amor da pensadora americana aborda o que de fato é o amor, seja na amizade, na vivência religiosa, nas religiões familiares e românticas.

"bell hooks me ensinou que posso viver e crescer em um ambiente cercado de cuidado, mas, ainda assim, ser privada do amor ", diz Victória Damasceno, editora de Saúde, Equilíbrio e Todas

"Violeta", de Isabel Allende
O livro acompanha a vida de Violeta, que nasceu em 1920, durante a gripe espanhola, e que morre em 2020, em plena pandemia do coronavírus. Ela narra sua vida na América Latina em carta e conta suas conquistas, seus amores e decepções.

"Em uma narrativa envolvente, a autora nos faz refletir de uma perspectiva interna da vida da personagem, que sofre abusos do marido e de problemas com o filho, até de um olhar de fora, sobre o mundo, suas desigualdades e conflitos", diz Vitória Macedo, repórter do Todas.

"O Visconde Partido ao Meio", de Italo Calvino
"Livro curtinho que traz de forma bem-humorada a complexidade humana a partir de um nobre dividido em dois por um tiro de canhão, desenvolvendo duas personalidades completamente diferentes", afirma Isabella Faria, repórter da TV Folha e apresentadora do Como é que é?

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