Descrição de chapéu Coronavírus

Máscara descartável é imagem símbolo da pandemia de coronavírus; veja quando e como usar

Indicação da OMS é que só pessoas que tenham diagnóstico ou sintomas de Covid-19 e seus cuidadores utilizem o artefato

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São Paulo

Talvez a imagem mais frequente desde a emergência mundial do coronavírus seja a de pessoas —ou até cães— circulando com máscaras de todo tipo cobrindo nariz e boca. O artefato é tão buscado que tutoriais na internet ensinam a fabricá-lo com objetos cotidianos, como sutiãs.

No entanto a OMS (Organização Mundial da Saúde) recomenda o uso de máscaras para pessoas diagnosticadas ou com sintomas de Covid-19 ou de outras doenças respiratórias. Se você está cuidando de uma pessoa com a doença, também é preciso utilizar a proteção.

Em primeiro lugar, é preciso esclarecer que máscaras de tecido não são recomendadas. Já as máscaras N95, de proteção individual, são capazes de filtrar até 95% das partículas aerossóis presentes no ar e são indicadas para profissionais de saúde responsáveis pelo atendimento de pessoas com Covid-19 ou com suspeita da doença.

A máscara tem como função principal evitar a dispersão de gotículas, pelas quais o vírus se espalha. Ao ser usada por pessoas doentes, ela impede que a pessoa dissemine o coronavírus ao tossir ou espirrar.

Para pessoas que não apresentam tais sintomas, ela não tem utilidade. Além disso, a via respiratória não é o único meio para ser infectado. Se a pessoa levar as mãos sujas aos olhos ou tocar em um ferimento, também há contaminação.

O protocolo do Ministério da Saúde para tratamento do novo coronavírus informa que usar máscaras fora das situações indicadas pode gerar custos desnecessários e criar uma falsa sensação de segurança, que pode levar a negligenciar medidas de higiene fundamentais para evitar o contágio. A principal delas é lavar as mãos corretamente, com água e sabão, por ao menos 20 segundos.

No material informativo da OMS sobre uso do recurso, a consultora de prevenção e controle de infecções, Christine Francis, explica que, ao empregar máscara cirúrgica, é importante usá-la e descartá-la da forma correta; senão, em vez de proteger, ela se torna uma fonte de infecção por causa dos germes que nela permanecem.

O presidente Jair Bolsonaro, durante entrevista à imprensa na qual ele e vários ministros se apresentaram usando máscaras descartáveis de forma errônea; na foto, Bolsonaro se atrapalha, puxando a máscara para o alto da cabeça, de modo que lhe tampa os olhos
O presidente Jair Bolsonaro, durante entrevista à imprensa na qual ele e vários ministros se apresentaram usando máscaras descartáveis de forma errônea - Pedro Ladeira - 18.mar.20/Folhapress

Antes de colocar a máscara, é preciso lavar as mãos com água e sabão ou higienizá-las com álcool em gel. Depois disso, basta pressionar o aro de metal no topo da máscara, colocar sobre o nariz e boca e colocar o elástico atrás das orelhas ou amarrar atrás da cabeça.

É preciso ter certeza que não haja aberturas para a entrada de ar entre seu rosto e a máscara. Além disso, durante o uso, não se deve tocar na parte da frente da máscara, pois as gotículas estão retidas ali e pode haver risco de contaminação. Caso isso ocorra, é preciso lavar as mãos ou passar álcool em gel.

A máscara deve ser descartada tão logo comece a ficar úmida. Ao retirá-la do rosto, não toque na parte da frente e jogue-a numa lixeira fechada. Na sequência, lave e higienize as mãos, conforme recomendado. Esse tipo de máscara não deve ser reutilizado.

Erramos: o texto foi alterado

Versão anterior deste texto identificava as máscaras N95 como cirúrgicas. As máscaras cirúrgicas, no entanto, são as descartáveis, confeccionadas em tecido não-tecido (TNT), e não filtram micropartículas aerossóis (espessura menor que 5µm), podendo apenas reter gotículas de saliva ou muco que podem ser expelidas quando uma pessoa doente tosse ou espirra. O texto foi corrigido.

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