Brasil registra 165 novas mortes por coronavírus em 24 h; total de óbitos é de 2.906

País tem mais de 45 mil casos confirmados de Covid-19, mas número real deve ser maior

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Brasília

O Brasil registrou 165 novas mortes pelo novo coronavírus nas últimas 24 horas, segundo dados do Ministério da Saúde divulgados nesta quarta (22). No total, são 2.906 óbitos pela Covid-19 no país.

Balanço da pasta também aponta um total de 45.757 casos confirmados da doença.

No dia anterior havia 2.741 mortes e 43.079 casos confirmados da doença. Houve, portanto, um aumento de 6,2% no número de casos confirmados do novo coronavírus e de 6% na quantidade de mortes.

O próprio Ministério da Saúde reconhece que os boletins divulgados após feriados e fins de semana tendem a apresentar números inferiores aos demais dias porque as equipes de saúde nos estados trabalham com efetivo reduzido e, portanto, menos testes são realizados.

Além disso, a pasta tem informado que o número real de casos tende a ser maior, já que só pacientes internados em hospitais fazem testes e há casos represados à espera de confirmação.

A ordem dos estados com maior registros de mortes não variou em relação aos boletins anteriores. São Paulo permanece como o mais afetado pelo novo coronavírus, com um total de 1.134 mortes. Na sequência aparecem Rio de Janeiro, com 490; Pernambuco, com 282; Ceará, com 233; e Amazonas, com 207 óbitos.

Esses mesmos cinco estados lideram em número de casos confirmados da Covid-19. São Paulo registrou até o momento 15.914 casos, o Rio de Janeiro, 5.552, Ceará, 3.910, Pernambuco, 3.298, e Amazonas, 2.479.

O ministro da Saúde, Nelson Teich, disse que o Brasil é hoje um dos países que "melhor performa" em relação ao coronavírus, afirmando que o país teria 8,17 mortos por 1 milhão de pessoas, número inferior a de outros países.

"Se você analisar mortos por milhão, é de 8,17. Alemanha tem 15, Itália 135, Espanha tem 255, Reino Unido tem 90 e Estados Unidos 29. O nosso número é um dos melhores", disse.

"Qual o problema da Covid? Ela assusta porque acomete muito rápido o sistema. E sistemas de saúde não são feitos para ter ociosidade. Saúde é caro, e hospitais trabalham no limite. Quando você sobrecarrega o sistema, é quase impossível se adaptar na mesma velocidade."

Embora tenha de fato uma taxa menor em relação aos demais países citados, o número apresentado está desatualizado em relação a boletim mais recente publicado pela pasta —o qual aponta 12 mortes a cada 1 milhão de habitantes no Brasil, por exemplo. O mesmo ocorre em relação aos demais países.

A existência de subnotificação nos dados brasileiros também acaba por invalidar uma comparação entre os países, segundo técnicos ouvidos pela Folha.

Na coletiva, Teich também disse que o país tem 43.500 casos e 2.700 mortes —o número atual, no entanto, é de 45.757 casos e 2.906 mortes, segundo a pasta havia divulgado uma hora mais cedo.

Questionado, o ministério informou que Teich estava em reuniões à tarde e não estava com o número atualizado em mãos.

Sobre a comparação com outros países, a pasta diz que ele usou dados que estavam disponíveis para o Brasil no dia 15 de abril.

Dados de boletim divulgado pelo próprio ministério em 16 de abril apontavam uma taxa de 9 mortes por 1 milhão de habitantes, número próximo ao citado. Os números para os demais países, porém, não batem com os informados por Teich.

Segundo o ministério, para os demais países foram usados números também do mesmo período, mas contabilizados a partir de cem casos confirmados, informa.

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