O governo João Doria (PSDB) anunciou nesta sexta-feira (4) que cinco regiões progrediram para a fase amarela do Plano SP para contenção do novo coronavírus, a terceira na escala de cinco cores, e apenas duas permanecem na fase laranja, a segunda mais restritiva.
Com isso, 95% da população vive na fase amarela, mais branda, que permite a abertura de restaurantes e bares.
Em entrevista coletiva no Palácio dos Bandeirantes, o governo informou que São José do Rio Preto, Marília, São João da Boa Vista, Registro e Presidente Prudente passaram da fase laranja para a amarela. Apenas Franca e Ribeirão Preto que se mantém na etapa anterior.
No atual ritmo, o governo projeta que o estado chegue ao dia 15 de setembro com algo entre 33 mil e 38 mil mortes. Pode, no entanto, atingir na data a marca de 1 milhão de casos registrados, quase 1/4 do total em todo o país.
Com a queda de casos, o prefeito Bruno Covas (PSDB) anunciou que o Hospital de Campanha do Anhembi também será fechado —antes, o hospital do Pacaembu também fora fechado.
O hospital deixou de receber pacientes na quinta (5), e a expectativa é que o fechamento ocorra no dia 10 de setembro. Atualmente, há 38 pacientes no local, planejado para ter 800 leitos e que, após redução de pacientes, conta hoje com 150 vagas.
Covas também anunciou que vai estender os alvarás de buffets, danceterias e salões para que possam atuar como bares e restaurantes, enquanto não têm autorização para seu uso originário.
A expectativa do prefeito paulistano é progredir de fase novamente, para a etapa verde, a partir do dia 20 de setembro.
Novamente, Doria e integrantes do governo fizeram apelos para que a população evite aglomerações.
Para o feriadão, o governo anunciou que posicionará 20 mil policiais para apoiar as ações das regiões turísticas contra aglomerações. Também haverá uma série de ações nas rodovias, incluindo mensagens educativas incentivando uso de máscaras e o isolamento social.
Questionado sobre o fato de presidente Jair Bolsonaro (sem partido) não ter usado máscara e participado de aglomerações em visita ao estado, Doria afirmou que se trata de um mau exemplo.
"Lamento que o presidente da República dê um mau exemplo. Ele aqui em Sâo Paulo mais uma vez deu um mau exemplo ao não usar máscara. Deu outro mau exemplo ao estimular e participar de aglomerações" disse. "Tudo que nós não precisamos nesse momento são de maus exemplos."
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