Descrição de chapéu Coronavírus

São Paulo se aproxima de 99% dos adultos com a primeira dose da vacina contra a Covid

Capital fez Virada da Vacina com eventos culturais e imunização de jovens até de madrugada

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São Paulo | Agora

Depois do final de semana com o evento denominado Virada da Vacina, em que mais de 500 mil passaram pelos postos de saúde, a cidade de São Paulo terminou o domingo (15) com perto dos 99% de adultos com pelo menos a primeira dose de imunizante contra a Covid-19.

No estado, são 91,15% dos adultos com pelo menos a primeira dose. A meta do governador João Doria (PSDB) é começar já nesta quarta (18) a vacinação de adolescentes. Nesta terça (17), começa nova fase da flexibilização das medidas de distanciamento no estado, em que comércio e serviços poderão funcionar sem restrição de ocupação e horário e eventos poderão voltar a acontecer, desde que com distanciamento de um metro entre as pessoas e uso de máscara, entre outras regras.

Na noite de domingo, o balanço da Secretaria Municipal de Saúde era de 98,5% da população adulta vacinada com ao menos a primeira dose e 40,7% com o esquema completo, depois de 34 horas ininterruptas de vacinação.

Batizada de Virada da Vacina, a campanha começou na manhã do sábado e terminou às 17h deste domingo.

A pasta previa vacinar 600 mil jovens durante o fim de semana —o resultado ficou pouco abaixo do esperado.

Durante o evento, a capital bateu recorde de aplicações diárias de vacina. Até as 19h do sábado foram 268.770 doses, sendo 215.029 da primeira dose e 53.734 da segunda dose.

Para o evento, cerca de 600 pontos espalhados pela cidade aplicaram doses das vacinas contra a Covid-19, sendo que 16 deles funcionaram durante a noite e de madrugada.

Foi no período noturno da vacinação que os postos registraram maiores filas, como em São Miguel Paulista, zona leste, e no megaposto do Memorial da América Latina, zona oeste. Durante a tarde havia pouca espera, mas na madrugada, a espera para receber a vacina chegou a três horas.

Na FMU da unidade de Santo Amaro, a noite também foi longa para quem tentou se vacinar, com filas que chegaram a três horas. Para enfrentar o frio, alguns levaram cobertores; já para a fila em pé, teve até quem levou um banquinho de casa para descansar.

A campanha foi dividida em dois momentos. A partir das 7h do sábado, a vacinação foi dedicada a jovens a partir de 20 e 21 anos, depois, a partir das 19h, foi a vez dos paulistanos de 18 e 19 anos.

A fim de incentivar a vacinação entre os jovens, a Secretaria Municipal de Cultura promoveu ações culturais, como a presença de DJs de blocos de carnavais, como o Minhoqueens e Domingo Ela Não Vai, além de banda e artistas em pernas de pau que interagiam com os carros que chegavam nos drive-thrus.
Quem passasse a tarde próximo ao complexo do Anhembi, por exemplo, conseguia ouvir a letra de “Deixa de Onda”, de Ludmilla, e outros hits.

Apesar do ritmo de festa, a secretaria reforçou que grande parte da discotecagem foi realizada em drive-thru, a fim de evitar a aglomeração de jovens, e, por isso, o público não foi autorizado a sair do carro, podendo apreciar as performances apenas durante a fila.

O evento foi criticado pelo ministro da Saúde Marcelo Queiroga que, no sábado, classificou o ato como litigância de má-fé –quando o Poder Judiciário é usado de forma indevida ou abusiva.

“Como estão anunciando a vacinação entre 18 e 20 anos [de idade] e não tem vacina? Tem vacina sim, têm recebido vacinas”. O ministro se referia à ação de Doria no Supremo Tribunal Federal para exigir que o Ministério da Saúde seguisse entregando ao estado a mesma proporção de doses de vacinas que prevaleceu ao longo da campanha.

A partir desta segunda-feira (16), a chamada xepa da vacina na capital será destinada a adiantar a segunda dose. Hoje, quem tomou Pfizer e AstraZeneca precisa esperar 12 semanas entre uma dose e outra; com a Coronavac, o intervalo é de 28 dias. Na xepa, o intervalo mínimo é de 60 dias para Pfizer e AstraZeneca e 15 dias para Coronavac.

O próximo grupo a se vacinar serão os adolescentes de 12 a 17 anos. A imunização começa priorizando os jovens com deficiências, comorbidades, gestantes e puérperas. A previsão é que esse grupo seja vacinado com ao menos a primeira dose até 29 de agosto.

Do dia 30 de agosto a 5 de setembro, é a vez dos jovens de 15 a 17 anos. E, por último, de 6 a 12 de setembro, a expectativa é que a população de 12 a 14 anos seja vacinada.

A quarentena mais branda começa no estado nesta terça apesar do avanço dos casos com a variante delta.

Porém, é importante lembrar que, apesar da primeira dose já levar à produção de anticorpos e oferecer uma certa proteção, a segunda dose é essencial para completar e prolongar a imunidade.

Jean Gorinchteyn, secretário de Saúde de São Paulo, chegou a anunciar, em julho, que um novo ciclo de vacinação deve se iniciar em 17 de janeiro de 2022. Porém, após o anúncio, o Ministério da Saúde afirmou que não há evidência científica sobre a necessidade de uma campanha anual.

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