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Governo reduz intervalo de 12 para 8 semanas entre doses de vacina da AstraZeneca contra Covid

Medida impacta brasileiros entre 18 e 30 anos que ainda não completaram o esquema de imunização

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Brasília | Reuters

O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, anunciou nesta sexta-feira (15) a redução do intervalo entre as doses da vacina contra a Covid-19 da AstraZeneca.

O prazo a ser respeitado entre a primeira e a segunda doses, que era de 12 semanas, passa agora a 8 semanas, segundo o ministro.

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Profissional da saúde prepara imunizante da AstraZeneca - Rivaldo Gomes - 13.set.2021/Folhapress

"A partir de agora, o intervalo entre as doses da vacina da AstraZeneca foi reduzido de 12 para 8 semanas. Então, fique atento e não perca o prazo para completar sua imunização. Só assim você garante a máxima proteção contra a Covid-19. Vamos voltar à normalidade o mais breve possível!", anunciou Queiroga em seu perfil do Twitter.

Ainda que alguns estados já tivessem antecipado a data de vacinação da segunda dose para essa vacina, a medida deve impactar brasileiros com idade na faixa dos 30 anos e jovens acima dos 18 que ainda aguardam para completar seu esquema de imunização.

De acordo com dados do Ministério da Saúde, mais de 103,7 milhões de brasileiros foram imunizados com as duas doses ou com vacina de dose única, enquanto 150,7 milhões tomaram ao menos a primeira dose.

O ministro já havia anunciado, no fim de agosto, que seria estabelecido em setembro a redução do intervalo entre as doses da vacina contra a Covid-19, tanto da Pfizer quanto da AstraZeneca.

Na data prevista, 15 de setembro, ao menos seis estados não cumpriram a meta em relação ao imunizante produzido, no Brasil, pela Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz). Os governos estaduais afirmaram que não havia doses o suficiente para aplicar nas pessoas e reclamaram da demora de envio de novos lotes pelo Ministério da Saúde.

Em nota, a Secretaria de Saúde de São Paulo negou a possibilidade de qualquer antecipação.

"A redução do intervalo de tempo entre primeira e segunda dose depende primordialmente do envio de doses pelo Ministério da Saúde, cabendo também à pasta federal garantir remessas em momento oportuno para aplicação da segunda dose", afirmou o órgão.

A falta de doses da AstraZeneca fez com que prefeituras adotassem a intercambialidade da segunda dose da vacina contra a Covid-19, o que gerou críticas por parte de Queiroga. Para ele, houve falta de critérios das secretarias de Saúde.

“Se por ventura a AstraZeneca, por contas operacionais, faltar eventualmente, se usa a intercambialidade. Mas o critério não pode ser faltou um dia já troca senão a gente não consegue avançar [no plano de vacinação]”, afirmou.

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