A Pfizer e a BioNTech, parceiras na criação da vacina contra Covid, pediram a órgãos reguladores dos Estados Unidos que aprovem o uso emergencial do imunizante contra o coronavírus para crianças de 5 a 11 anos, afirmou a Pfizer nesta quinta-feira (7). A farmacêutica divulgou a informação em sua conta no Twitter.
O FDA, agência que regula os medicamentos nos EUA, estabeleceu o dia 26 de outubro para que seu painel de consultores externos se reúna e discuta a aplicação, permitindo que as crianças recebam as primeiras vacinas pouco depois.
Uma autorização rápida da vacina para crianças pequenas poderá ajudar a mitigar um potencial surto de casos neste outono (no hemisfério Norte), com as escolas já abertas em todo o país.
A vacina poderá estar pronta para aplicação já no início de novembro, a depender da aprovação das agências reguladoras de saúde federais, disse nesta quinta o coordenador de resposta à Covid-19 da Casa Branca, Jeffrey Zients.
Quando a autorização estiver concluída, disse Zients, "estaremos prontos". "Temos o suprimento. Estamos trabalhando com os estados para montar locais convenientes para pais e filhos serem vacinados, incluindo consultórios pediátricos e locais comunitários", explicou.
Assim, a depender "dos processos científicos do FDA e do CDC [Centro de Controle e Prevenção de Doenças", ele disse, existe a chance de a vacinação começar antes do feriado de Ação de Graças, um dos mais importantes do calendário dos EUA, que ocorre no final de novembro.
As crianças representam hoje cerca de 27% de todos os casos de coronavírus nos EUA e uma porcentagem crescente de internações, segundo a Academia Americana de Pediatria. Isso reflete o alto nível de contágio da variante delta entre as pessoas não vacinadas.
Embora as crianças sejam menos suscetíveis à Covid-19 grave, elas podem espalhar o vírus para outras pessoas, incluindo populações vulneráveis que têm maior risco de contrair a enfermidade severa.
Nos EUA, a vacina da Pfizer já está autorizada para adolescentes de 12 a 15 anos e totalmente aprovada para 16 anos ou mais. O pedido para inclusão da faixa de cinco a 11 anos se baseia em testes clínicos com 2.268 participantes que mostraram que o produto induz a uma forte resposta imunológica, segundo divulgaram as empresas em 20 de setembro.
Os dois laboratórios também estão testando a vacina em crianças de dois a cinco anos e em crianças de seis meses a dois anos. Os dados desses estudos estão previstos para o quarto trimestre.
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