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Vacina bivalente contra Covid começa a ser aplicada em grávidas; tire suas dúvidas

Na capital paulista, reforço estará disponível a partir da próxima segunda-feira (20)

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São Paulo

O uso da vacina bivalente contra Covid começou há algumas semanas no Brasil. O objetivo do Ministério da Saúde é aplicar o imunizante em grupos que correm maior risco de desenvolver quadros graves da doença.

Um deles são as grávidas e puérperas, mães cujo bebê nasceu recentemente —até 45 dias.

Só na capital paulista, a Secretaria Municipal da Saúde estima que 130 mil mulheres possam receber a dose a partir da próxima segunda (20).

Veja abaixo as respostas a dúvidas recorrentes sobre a imunização.

Mulher grávida recebe vacina
Mulher grávida recebe vacina. A partir desta segunda (20), o modelo bivalente do imunizante contra a Covid-19 vai começar a ser aplicado em gestantes e puérperas - Nathalia Aguilar/EPA/Divulgação

Quando e onde começa a vacinação com o reforço para grávidas e puérperas?

Segundo o cronograma do Ministério da Saúde, o reforço para grávidas e puérperas com a vacina atualizada deve iniciar nesta segunda (20) na rede pública brasileira.

No entanto, o cronograma desenvolvido pela pasta é uma indicação para as secretarias de saúde. Ou seja, pode ser que em alguns municípios o reforço comece a ser aplicado depois ou mesmo já tenha sido iniciado.

Este último caso é o da cidade do Rio de Janeiro. Segundo a secretaria municipal da capital fluminense, a vacinação com a vacina da Pfizer bivalente começou na última segunda (13).

"Nos três primeiros dias da campanha com a vacina bivalente foram imunizadas cerca de 1.500 mulheres, entre gestantes e puérperas", completou a secretaria.

O que é preciso para tomar a vacina?

O Ministério da Saúde diz que, para gestantes, não é necessário nenhum documento que comprove a gravidez. Basta que a mulher afirme estar grávida. No caso das puérperas, é necessário apresentar algum documento que comprove o nascimento do bebê. Certidão de nascimento, cartão da gestante ou um documento da maternidade em que ocorreu o parto são alguns exemplos.

Além disso, para tomar a vacina bivalente, é necessário que a gestante ou puérpera tenha completado o esquema básico com duas doses –ou uma dose, no caso da Janssen– da vacinação contra Covid.

Também é necessário que a última dose tenha sido aplicada com o intervalo mínimo de quatro meses.

Com quantos meses de gravidez pode tomar a vacina contra a Covid?

O Ministério da Saúde não preconiza uma quantidade mínima ou máxima de meses de gravidez para que as gestantes recebam a dose atualizada da vacina contra a Covid.

Por que tomar o reforço com a vacina bivalente?

A vacinação é essencial para qualquer pessoa que deseja se proteger contra a Covid, evitando quadros graves da doença.

A dose bivalente é ainda mais relevante por ser uma atualização da vacina original. Ela é composta de cepas da variante ômicron, causadora da maior parte dos casos de Covid atualmente.

Desde o início da pandemia, grávidas e puérperas são consideradas grupos de risco para a Covid.

"A infecção pelo Sars-CoV-2 [vírus que causa a Covid] em gestantes está associada a aumentos substanciais na morbidade e mortalidade materna quando comparadas à Covid-19 em mulheres não grávidas", diz o Ministério da Saúde.

Além de ocasionar mais riscos de morte e complicações graves nas grávidas, a infecção resulta em efeitos negativos nos bebês.

Uma pesquisa publicada no início deste ano observou que a necessidade de internar um recém-nascido em uma UTI neonatal foi quase duas vezes maior entre os filhos de gestantes com testes positivos para Covid. O nascimento de bebês prematuros também foi outro desfecho mais comum entre aquelas com Covid comparada às grávidas sem a doença.

Por isso, é importante que as gestantes e puérperas tomem a vacina bivalente e mantenham o calendário atualizado.

Não estou grávida nem sou puérpera, posso me vacinar com a bivalente?

Por enquanto, só alguns grupos de pessoas que são mais vulneráveis a quadros graves de Covid podem a tomar a dose bivalente.

Segundo o modelo indicado pelo Ministério da Saúde, o imunizante já deve ser aplicado em idosos com mais de 60 anos, pessoas e trabalhadores que vivem em instituições de longa permanência, imunossuprimidos, como aqueles que vivem com HIV ou estão em tratamento para câncer, indígenas, ribeirinhos e quilombolas. Nesta segunda (20), grávidas e puérperas entram nessa lista.

A pasta indica ainda que o imunizante comece a ser aplicado, a partir de 17 de abril, em trabalhadores da saúde, pessoas com deficiência, população privada de liberdade, menores em medidas socioeducativas e funcionários do sistema prisional.

Também é necessário que a pessoa tenha tomado a última dose há no mínimo quatro meses, seja maior de 12 anos e tenha cumprido o esquema primário. O início da aplicação também pode mudar a depender do município.

Caso alguém não faça parte desses grupos, a vacinação continua com o modelo monovalente, que ainda é muito eficaz para evitar quadros graves.

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