Descrição de chapéu Projeto Saúde Pública

Vacina contra a gripe será ofertada para novos grupos em São Paulo a partir de segunda

Entre as pessoas que poderão receber o imunizante estão profissionais de saúde e de educação

  • Salvar artigos

    Recurso exclusivo para assinantes

    assine ou faça login

São Paulo

A Secretaria Municipal da Saúde de São Paulo anunciou nesta sexta-feira (14) a ampliação da campanha de vacinação contra o vírus influenza, causador da gripe, a partir da próxima segunda (17).

Segundo a pasta, da última segunda (10), primeiro dia da vacinação na cidade, até esta quinta (13), 218.713 pessoas receberam o imunizante.

Ao todo, 2.071.000 de doses foram destinadas pelo Ministério da Saúde ao município para serem aplicadas inicialmente nos grupos prioritários, sendo 582 mil recebidas nesta sexta-feira.

Enfermeira segura um vidrinho com a vacina em uma mão e uma seringa na outra
A nova fase da campanha de vacinação contra a gripe atinge profissionais com maior risco de contaminação pelo vírus - Bruno Santos - 6.jul.22/Folhapress

Nesta nova fase, poderão se imunizar:

  • profissionais da saúde;
  • profissionais da educação;
  • pessoas com deficiência permanente;
  • pessoas com comorbidades;
  • profissionais de transporte coletivo rodoviário, de passageiros urbano e de longo curso;
  • profissionais portuários;
  • trabalhadores das forças de segurança e salvamento, das forças armadas e do sistema prisional;
  • população privada de liberdade, incluindo adolescentes em medidas socioeducativas.

Desde o início da campanha estão sendo vacinadas pessoas com mais de 60 anos de idade, crianças (com idade a partir de 6 meses e menores de 6 anos), gestantes, puérperas (até 45 dias após o parto), imunossuprimidos e indígenas.

"Essa ampliação aos grupos de profissionais com maior exposição ao vírus da gripe é muito importante para proteção individual e coletiva das pessoas com as quais convivem e atendem diariamente", diz o secretário municipal da Saúde, Luiz Carlos Zamarco.

O imunizante está disponível em todas as UBSs (Unidades Básicas de Saúde), com funcionamento de segunda a sexta-feira, das 7h às 19h, e nas AMAs (Assistências Médicas Ambulatoriais)/UBSs Integradas, que atendem das 7h às 19h, inclusive aos sábados e feriados.

Segundo a Secretaria de Saúde, no ano passado foram vacinadas 4.457.341 pessoas na capital.

Por que é importante tomar a vacina contra a gripe anualmente?

Uma característica do vírus é a mutação. As vacinas são preparadas para a sazonalidade do ano posterior. Coletam-se os vírus que mais circularam no ano anterior. Os dados em relação a eles são enviados à OMS (Organização Mundial da Saúde), que emite uma nota aos laboratórios produtores dizendo quais cepas deverão constar no hemisfério sul.

No SUS (Sistema Único de Saúde), os imunizantes são trivalentes, produzidos pelo Instituto Butantan. A vacina ofertada neste ano é composta de duas cepas do influenza A e uma do B.

Para as clínicas privadas brasileiras, a novidade neste ano é a vacina Efluelda, voltada ao público com mais de 60 anos. O imunizante, com chegada prevista para abril, é quadrivalente com alta concentração de antígenos e proporciona uma eficácia relativa de 24,2% a mais na proteção da população idosa, se comparada à vacina de dose padrão.

Qual o prazo para a vacina surtir efeito?

No mínimo de 7 a 10 dias, mas a produção maior de anticorpos ocorre com quatro semanas. Quando aumentar a circulação do vírus, o sistema de defesa já está blindado.

Pode tomar a vacina contra a gripe junto com a bivalente e as demais contra a Covid?

Sim. A vacina da gripe pode ser tomada com qualquer outra vacina do calendário de imunização.

Quais são os efeitos colaterais?

Em até 10% dos casos pode ocorrer dor no local da aplicação, vermelhidão e enrijecimento da pele. Abaixo de 3% existem as manifestações sistêmicas, como febre baixa, sensação de cansaço, dor muscular, dor de cabeça. Todas as reações terminam em torno de 48 a 62 horas. Se persistirem, é recomendável procurar um serviço de saúde.

Há contraindicações?

A pessoa deverá observar se tem alergia aos princípios da vacina. Os alérgicos a ovo poderão receber a vacina, inclusive com histórico de anafilaxia. A alergia a ovo não é mais considerada contraindicação nem precaução para uso da vacina contra o vírus influenza. A orientação é que a vacina seja aplicada num serviço hospitalar, pois, se o paciente desenvolver o quadro alérgico, será possível revertê-lo.

Pode tomar a vacina com sintomas gripais?

Não. Se houver suspeita de qualquer infecção, a vacina deverá ser aplicada de 48 a 72 horas após a melhora do quadro.

A vacina causa gripe?

Não. A vacina é feita com vírus inativado. Há duas confusões comuns: a pessoa tomar a vacina, desenvolver reação adversa e achar que foi gripe; ou já estar infectada com qualquer vírus ou bactéria quando se vacinar.

Fontes: Melissa Palmieri, diretora da Sociedade Brasileira de Imunizações — Regional São Paulo e médica da Vigilância Epidemiológica da Secretaria Municipal de Saúde de São Paulo, e Ministério da Saúde.

Erramos: o texto foi alterado

Na nova fase da vacinação contra a gripe em São Paulo, a partir desta segunda (17), todos os profissionais da educação poderão tomar a dose do imunizante, não apenas aqueles com comorbidades e deficiência permanente.

  • Salvar artigos

    Recurso exclusivo para assinantes

    assine ou faça login

Tópicos relacionados

Leia tudo sobre o tema e siga:

Comentários

Os comentários não representam a opinião do jornal; a responsabilidade é do autor da mensagem.