Anvisa revoga obrigatoriedade de comprovante de vacina e de teste de Covid-19 em cruzeiros

Continua obrigatória a notificação de eventos de saúde, incluindo casos suspeitos e confirmados da doença em navios, para a agência reguladora

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Brasília

A diretoria colegiada da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) decidiu que não será mais obrigatória a cobrança do comprovante de vacina ou de testes negativos de Covid-19 no embarque em navios de cruzeiros.

A agência reguladora disse que a companhia marítima pode exigir testes ou vacinas, caso avalie ser necessário o pedido.

MV Gemini, da Life at Sea Cruises, fará cruzeiro de volta ao mundo com duração de três anos
MV Gemini, da Life at Sea Cruises, fará cruzeiro de volta ao mundo com duração de três anos - Divulgação

Continua obrigatória a notificação de eventos de saúde, incluindo casos suspeitos e confirmados de Covid-19, para a agência reguladora, além do isolamento de casos suspeitos a bordo.

Essa atualização considera o fim da Emergência de Saúde Pública de Importância Internacional declarada pela OMS (Organização das Nações Unidas).

"Embora não seja necessário qualquer ato de revogação formal para a perda de eficácia das referidas resoluções, em consideração à segurança jurídica e às boas práticas regulatórias a Diretoria Colegiada da Anvisa decidiu editar uma nova RDC para revogar expressamente os regulamentos anteriores", disse, em nota.

A indicação de que uma doença representa uma emergência de saúde global se dá por um comitê formado frente a uma possível ameaça. Os membros desse conselho se reúnem e orientam o diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom, se a situação representa ou não uma emergência a nível global.

No caso da Covid, isso ocorreu em 30 de janeiro de 2020. Desde então, os membros do comitê mantinham a posição de que a infecção continuava representando um risco mundial. Isso mudou somente com a última reunião, ocorrida nesta quinta (4), em que o grupo observou que a doença não representa mais uma preocupação para a saúde pública a nível mundial.

Adhanom descreveu a decisão como esperançosa. "Eu aceitei esse conselho [do comitê]. É, portanto, com grande esperança que declaro o fim da Covid-19 como uma emergência de saúde global", afirmou.

Mas o diretor disse que a doença continua representando um risco. "Com isso, não significa que a Covid-19 acabou como uma ameaça global à saúde."

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