Novo remédio para ejaculação precoce já é vendido no Brasil; veja como funciona e riscos

Farmacêutica diz que preço médio no Brasil é de R$ 55 por caixa com seis comprimidos

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São Paulo

Um novo remédio indicado para a ejaculação precoce aprovado pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) no ano passado teve seu preço máximo definido para os consumidores e já é comercializado no Brasil. Segundo a Farmoquímica, que o produz, ele está sendo vendido no país desde fevereiro deste ano e custa cerca de R$ 55 para uma caixa com seis comprimidos.

O medicamento em questão é o Prosoy. A autorização do remédio pela Anvisa ocorreu em março de 2022, mas ele só começou a ser vendido quase um ano depois, em fevereiro deste ano, segundo a farmacêutica.

De acordo com a bula do medicamento, o Prosoy é indicado para homens de 18 a 64 anos com histórico de ejaculação precoce e persistente. O usuário também deve apresentar angústia por causa da falta de controle no tempo que leva para ejacular.

Jovem musculoso com torso nu deitado na cama e levanta o lençol branco cobrindo-o
Novo remédio já autorizado pela Anvisa e comercializado no Brasil busca evitar ejaculação precoce por meio de inibidor de recaptação de seratonina - Oleg/AdobeStock

O medicamento é composto de dapoxetina, uma substância que inibe os recaptadores de serotonina, popularmente conhecido como hormônio da felicidade e associado, entre outros, ao humor e à vida sexual. Inibidores como esse já são usados em alguns antidepressivos: ao barrar os recaptadores, o nível de serotonina aumenta no corpo humano, o que pode ter um efeito positivo no quadro de depressão. Como efeito colateral, o uso desses antidepressivos pode retardar a ejaculação.

No caso do Prosoy, o objetivo é atuar especificamente no controle da ejaculação precoce por meio da dapoxetina, que aumenta o nível de serotonina no corpo humano, prolonga o tempo de excitação sexual e, enfim, retarda a ejaculação.

Para agir adequadamente, o homem deve tomar um comprimido de 30 mg cerca de 1 a 3 horas antes do sexo. Não é recomendado que a pílula seja utilizada de forma diária, mas o consumo máximo diário pode ser de um comprimido a cada 24 horas.

Também é possível dobrar a quantidade ingerida, chegando a 60 mg. Mas isso só deve ser feito quando o usuário consumiu a dose padrão de 30 mg e não percebeu um efeito suficiente do remédio em retardar a ejaculação. Além disso, para aumentar a dosagem é de extrema importância que o homem não tenha apresentado sintomas de desmaio ou efeitos colaterais, moderados ou graves, ao ingerir 30 mg da droga. Isso porque o aumento da dosagem também acarreta o maior risco de reações indesejadas.

Alguns desses eventos adversos mais raros e sérios podem ser taquicardia, sensação de nervosismo, vertigem e letargia. Efeitos colaterais mais comuns são tonturas, enjoo, diarreia, entre outros.

Existem casos em que o Prosoy não deve ser de forma alguma recomendada. Por exemplo, não houve testes clínicos que atestem a segurança e a eficácia dele em pessoas com mais de 65 anos ou com menos de 18 anos. Por isso, esse público não deve consumir a droga.

O medicamento também não é indicado para mulheres. Além disso, o uso concomitante do Prosoy com outros remédios pode trazer complicações aos pacientes. Um desses casos são outros inibidores da recaptação de serotonina, comumente utilizados para tratamento de depressão, e também os inibidores de monoaminoxidase, também adotados em casos de distúrbios psiquiátricos.

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