Neuralink, de Musk, iniciará teste de implante cerebral para pacientes com paralisia

Empresa diz ter recebido autorização, mas não divulgou em quantas pessoas o experimento será realizado

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Mariam Sunny
Reuters

A Neuralink, startup de chips cerebrais do empresário bilionário Elon Musk, disse nesta terça-feira (19) que recebeu a aprovação de um conselho de revisão independente para iniciar o recrutamento para o primeiro teste em humanos de seu implante cerebral para pacientes com paralisia.

Pessoas com paralisia causada por lesão da medula espinhal cervical ou ELA (esclerose lateral amiotrófica) podem se qualificar para o estudo, disse a empresa, mas não foi revelado quantos participantes seriam incluídos no experimento, que levará cerca de seis anos para ser concluído.

O empresário Elon Musk apresenta o implante da Neuralink para o tratamento de paralisia cerebral
O empresário Elon Musk apresenta o implante da Neuralink para o tratamento de paralisia cerebral - Neuralink - 28.ago.20/AFP

O estudo usará um robô para colocar cirurgicamente um implante de interface cérebro-computador (BCI, na sigla em inglês) em uma região do cérebro que controla a intenção de se mover, disse a Neuralink, acrescentando que seu objetivo inicial é permitir que as pessoas controlem um cursor ou teclado de computador usando apenas seus pensamentos.

A empresa, que esperava receber aprovação para implantar seu dispositivo em dez pacientes, estava negociando um número menor de pacientes com a Agência de Alimentos e Medicamentos dos Estados Unidos (FDA) depois que a agência levantou preocupações de segurança, de acordo com ex-funcionários e funcionários atuais. Não se sabe quantos pacientes a FDA acabou aprovando.

Musk tem grandes ambições para a Neuralink, dizendo que ela facilitaria a rápida inserção cirúrgica de seus dispositivos de chip para tratar doenças como obesidade, autismo, depressão e esquizofrenia.

Em maio, a empresa disse que havia recebido autorização da FDA para seu primeiro teste clínico em humanos, quando já estava sob escrutínio federal por sua manipulação de testes em animais.

Mesmo que o dispositivo de BCI se mostre seguro para uso humano, ainda assim levaria mais de uma década para que a startup obtivesse autorização para uso comercial, de acordo com especialistas.

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