Você tem dificuldade em manter equilíbrio entre a vida e o trabalho? Veja dicas do que fazer

Esta é a edição da newsletter Cuide-se desta segunda-feira (18). Quer recebê-la no seu email? Inscreva-se abaixo:

Quais os impactos na saúde do equilíbrio (e, principalmente, do desequilíbrio) entre vida pessoal e profissional? É o que explico nesta edição e dou dicas do que fazer se estiver se sentindo sobrecarregado.

É cada vez mais comum ver pessoas reclamando que têm pouco tempo para as atividades pessoais, que se sentem sobrecarregadas no trabalho ou que buscam uma opção de carreira alternativa para poder dedicar mais tempo aos seus relacionamentos e vida fora do ambiente profissional.

As queixas são um alerta sobre desequilíbrio entre vida pessoal e vida profissional. Mas, então, o que seria ter equilíbrio?

Basicamente, quando a pessoa consegue se dedicar igualmente às tarefas exigidas durante o período de trabalho e àquelas em sua esfera doméstica.

• De acordo com um levantamento feito por uma empresa de gestão de recursos humanos, no final de 2021, 81% dos brasileiros afirmaram desejar por um maior equilíbrio entre a vida pessoal e profissional —um número acima da média global, de 67%.

• Outra pesquisa, realizada pela Associação Internacional de Controle do Estresse, em 2019, indica que o Brasil tinha quase um terço da população economicamente ativa adoecida pelo trabalho, com o chamado burnout;

Entenda: a síndrome do burnout é definida por uma série de sintomas decorrentes da sobrecarga, do estresse e do esgotamento físico e mental associados ao trabalho

O que fazer quando se sentir sobrecarregado?

Reflita se você está tendo momentos de lazer e de atividades físicas. Isso pode parecer um lugar comum, mas não é. Na verdade, é química.

• Atividades que dão prazer, como praticar hobbies, dar risada, se reunir com amigos e praticar exercícios liberam neurotransmissores associados à sensação de prazer, o que naturalmente reduz o cortisol, hormônio do estresse.

Veja dicas de como equilibrar o trabalho com a vida pessoal

1. Desligue aos finais de semana —aprender a desconectar e não substituir o momento de descanso e lazer por horas a mais de prazo é fundamental para garantir o equilíbrio;

2. Valorize um tempo só para você, algo que seja apenas para se reconectar (podem ser 5 minutos ou 3 horas) vai ajudar na sensação de equilíbrio e bem-estar durante o trabalho;

3. Aproveite o tempo livre —faça novas atividades, procure conhecer espaços novos, ler um novo livro ou apenas fazer aquilo que te dá prazer durante o tempo livre;

4. Priorize a saúde –além da alimentação saudável e prática de atividade física, dormir bem e se manter bem hidratado são importantes para o bem-estar;

5. Fortaleça seus laços familiares e entre amigos —garantir um tempo para estar com as pessoas do seu círculo de relacionamento próximo, sejam familiares ou amigos, é importante para garantir o equilíbrio emocional;

6. Aprenda novas atividades —pode ser um idioma novo, uma prática mental, jogos de lógica ou alguma outra atividade que vá te desafiar a ajudar a esquecer os compromissos profissionais;

7. Aprenda a definir limites e dizer não —ao assumir mais compromissos do que é possível cumprir, corremos o risco de invadir nosso tempo livre e, consequentemente, aumentar a sobrecarga;

8. Divirta-se —a risada e a diversão são essenciais para manter uma boa saúde mental.

CIÊNCIA PARA VIVER MELHOR

Novidades e estudos sobre saúde e ciência

• Hábito de ‘beliscar’ entre refeições pode anular efeito positivo de dieta. Um estudo publicado na revista European Journal of Nutrition apontou que um quarto da população que diz manter uma alimentação saudável no seu dia-a-dia opta por alimentos não saudáveis entre as refeições, o que pode reverter os efeitos benéficos de uma dieta balanceada. O estudo ZOE avaliou os hábitos de vida de 854 participantes no Reino Unido e foi feito por pesquisadores do King’s College, em Londres.

• Erros na prescrição de medicamentos contra TDAH chegam a 300%. De 2000 a 2021, as prescrições anuais apresentando erros para o transtorno de déficit de atenção e hiperatividade (TDAH) chegaram a 299%, segundo uma pesquisa feita no Center for Injury Research and Policy e Central Ohio Poison Center com crianças e jovens de até 20 anos nos Estados Unidos. De acordo com a pesquisa, 54% dos pacientes foram prescritos pelo menos duas vezes, enquanto 13% receberam a indicação de uma medicação errada.