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Contaminações por nova variante do coronavírus aumentam na França a duas semanas do Natal

A quinze dias do Natal, a Covid está em alta na França, onde a circulação de uma nova variante do vírus, altamente transmissível, preocupa as autoridades de saúde

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Quase quatro anos após o início da pandemia, " a circulação do vírus é muito intensa", declarou à AFP Étienne Simon-Lorière, chefe do Centro Nacional de Referência (CNR) para vírus de infecções respiratórias do Instituto Pasteur.

O especialista explica que a JN.1 apareceu repentinamente e de forma muito mais transmissível que os seus antecessores, tendo uma resistência quase tão significativa quanto os vírus da família XBB.

No início de dezembro, a JN.1 representava 30% dos casos de Covid diagnosticados no país.

Pessoas caminham no metrô de Paris; o uso da máscara é recomendado pelas autoridades de saúde em locais com aglomeração, em meio ao aumento de novos casos de Covid na França
Pessoas caminham no metrô de Paris; o uso da máscara é recomendado pelas autoridades de saúde em locais com aglomeração, em meio ao aumento de novos casos de Covid na França - Michel Euler/AP

A busca por atendimento médico nos hospitais por causa da Covid voltou a registrar um "ligeiro aumento", especialmente para os idosos, afirma o último boletim da Public Health France (SPF), publicado há uma semana. Só nas emergências, foram registrados mais de 4.350 atendimentos semanais por suspeita de Covid, seguidos de mais de 1.820 internações.

Desde o início de maio, a Organização Mundial da Saúde (OMS) não considera a pandemia de Covid uma emergência sanitária global. Entretanto, em novembro, a OMS reafirmou que a Covid continua a ser "uma ameaça".

Nova variante

Diversas variantes do vírus da Covid (XBB.1.5, XXB.1.16, EG.5, BA.2.86) estão sob vigilância reforçada em todo o mundo. Uma sublinhagem do BA.2.86, chamada JN.1, tem sido especialmente examinada.

Porém, "se você foi infectado pelo vírus há menos de seis meses ou vacinado há menos de seis meses, as chances de acabar no hospital por causa do JN.1 são muito reduzidas", apesar de todas as suas novas mutações, explica Etienne Simon Lorière sobre a periculosidade da nova variante.

"Desde o início da pandemia, as ondas de contaminação têm ocorrido de quatro em quatro meses, principalmente devido à queda da imunidade da população", explica Xavier Lescure, membro do Covars (Comitê de monitoramento e antecipação de riscos à saúde).

O especialista acrescenta que "o ressurgimento da doença no inverno era previsível", devido à queda das temperaturas e porque as pessoas passam mais tempo em ambientes fechados, onde as "transmissões virais são facilitadas".

O ressurgimento da Covid, combinado ao aparecimento de outras infecções respiratórias agudas, como a gripe e a bronquiolite, pode aumentar a pressão sobre os hospitais, que enfrentaram no ano passado uma "tripla epidemia".

Para "ter boas férias" e para que "os hospitais não fiquem sobrecarregados neste inverno", o ministro da Saúde francês fez um apelo, nesta quarta-feira, para que a população procure se vacinar contra a Covid e contra a gripe. De acordo com Aurélien Rousseau, "ficaríamos mais tranquilos se todos em volta da árvore de Natal estivessem vacinados".

A máscara de proteção continua sendo recomendada "em caso de sintomas da doença, em locais muito frequentados e na presença de pessoas vulneráveis", segundo a Public Health France. Em alguns hospitais, como nas cidades de Chambéry e Aix-les-Bains, no sudeste do país, o uso voltou a ser obrigatório.

(Com informações da AFP)

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