Estado de São Paulo revisa dados e aponta 3 mortes por dengue em 2024

Entre os dias primeiro e 20 de janeiro, estado registrou mais de 10 mil infecções pela doença

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São Paulo

A Secretaria Estadual de Saúde de São Paulo revisou os dados sobre dengue divulgados no último sábado (27), quando confirmou a quarta morte pela doença no estado. De acordo com a pasta, foram três mortes até o dia 20 de janeiro e 10.728 infecções pela doença.

De acordo com a pasta, todas as mortes foram registradas no interior. Os óbitos ocorreram em Bebedouro, Jacareí e Pindamonhangaba.

O governo estadual afirma que a cidade de Jacareí retirou um dos casos fatais para reavaliação. A administração municipal, porém, nega a alteração.

"O município possui dois óbitos por dengue confirmados até a presente data. O segundo óbito confirmado em Jacareí, ocorrido no dia 21 de janeiro de 2024, teve resultados positivos para dengue em seus exames e sintomas, e teve amostra encaminhada para o Instituto Adolfo Lutz, para que seja confirmado o sorotipo viral", afirmou a prefeitura do município.

"Informamos que em nenhum momento retiramos a confirmação de nenhum dos óbitos por dengue."

O mosquito transmissor da dengue, Aedes aegypti - Divulgação/World Mosquito Program

Os números são mais alarmantes no Sul do país, onde foram contabilizados 10.961 diagnósticos nas duas primeiras semanas deste ano, somando os registros no Paraná, em Santa Catarina e no Rio Grande do Sul. O salto é de 958% em relação ao mesmo período de 2023, quando haviam sido infectadas 1.036 pessoas na região.

Autoridades preveem um patamar recorde de casos em 2024, possivelmente muito superior à máxima histórica. As estimativas divulgadas em dezembro pelo Ministério da Saúde em parceria com o grupo InfoDengue, da Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz), são de entre 1,7 milhão e 5 milhões de diagnósticos, com projeção média de 3 milhões.

O Ministério da Saúde recebeu 750 mil doses da vacina contra a doença para oferecer pelo SUS no sábado (20). Serão priorizadas regiões com alta transmissão e a faixa etária com maior número de hospitalizações, entre 10 e 14 anos.

O primeiro lote faz parte de um total de 1,32 milhão de doses da vacina que foram fornecidas, sem custos ao governo brasileiro, pela farmacêutica Takeda. O Ministério da Saúde acrescenta que adquiriu todas as 5,2 milhões de doses do imunizante, chamado Qdenga, disponíveis pelo fabricante para este ano, que serão entregues por etapas até o mês de novembro.

De acordo com os critérios de vacinação estabelecidos pela pasta em conjunto com estados e municípios, as vacinas serão destinadas a regiões de saúde com municípios de grande porte —população igual ou superior a 100 mil habitantes— e com alta transmissão da doença nos últimos dez anos.

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