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Discussões para a legalização do aborto na Polônia avançam no parlamento

Os projetos de lei por mais direitos às gravidas agora devem ser submetidos a uma comissão parlamentar especial

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AFP

Quatro projetos de lei para legalização do aborto na Polônia, apresentados pela coalizão governante, superaram o primeiro obstáculo no Parlamento nesta sexta-feira (12). As propostas que pediam a rejeição dos textos de lei foram descartadas pelos deputados.

A coalizão pró-europeia na Polônia chegou ao poder em outubro do último ano com a promessa de legalizar o aborto, atualmente permitido apenas em casos de estupro, incesto ou quando apresenta ameaça para vida ou saúde da pessoa gestante.

Ativistas pelos direitos das mulheres durante a votação no Parlamento polonês
Ativistas pelos direitos das mulheres durante a votação no Parlamento polonês - Kacper Pempel/Reuters

"Cumprimos com a nossa palavra! O Parlamento seguirá adiante com todos os projetos sobre o direito ao aborto", declarou a Coalizão Cívica após a votação, liderada pelo primeiro-ministro Donald Tusk, em redes sociais.

Os projetos de lei, destinados a conceder mais direitos às gravidas agora devem ser submetidos a uma comissão parlamentar especial.

No entanto, mesmo que o Parlamento aprove as reformas, é improvável que sejam implementadas pelo atual presidente polonês, o católico conservador aliado ao PiS (partido da oposição de direita), Andrzej Duda.

A aliança governamental, formada pela Coalizão Cívica de Tusk, pelos parceiros menores, pela terceira via polonesa e pela esquerda, não tem a maioria necessária para anular um veto presidencial.

Em caso de impasse, a aliança pode ter que esperar pelas eleições presidenciais do próximo ano, na esperança de que Duda seja substituído por um candidato liberal.

Segundo uma pesquisa, 35% dos poloneses são favoráveis a legalização do aborto até a 12ª semana de gestação, enquanto 14% manteriam a lei atual. Aproximadamente 23% defendem a realização de um referendo, uma solução apoiada pela terceira via, mas criticada pelos defensores dos direitos das mulheres.

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