Ex-médico é condenado novamente por abuso a ginastas nos EUA

Larry Nassar assumiu ter abusado sexualmente de três menores de idade

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O médico Larry Nassar, de roupa laranja, triste enquanto escuta sua sentença
Larry Nassar escuta sua sentença em julgamento no condado de Eaton - Scott Olson/Getty Images/AFP
São Paulo | UOL

Larry Nassar, médico que abusou durante décadas de ginastas da seleção dos Estados Unidos, recebeu nesta segunda-feira (5) uma nova condenação por abuso sexual a atletas. Em processo paralelo ao que o condenou a pena entre 40 e 175 anos de prisão em janeiro, Nassar foi condenado a entre 40 e 125 anos de reclusão.

Neste segundo processo, julgado na corte do condado de Eaton, Nassar assumiu o abuso sexual de três menores de idade entre 2009 e 2011 no Clube de Ginástica Twistars. Ao todo, segundo informações publicadas pelo do site Buzzfeed, mais de 200 mulheres –entre declarações públicas e anônimas– acusaram o médico de assédio; muitas ainda eram crianças ou adolescentes quando se tornaram vítimas.

A primeira condenação de Larry Nassar por abuso sexual ocorreu há duas semanas, em julgamento que expôs os abusos do médico que trabalhou durante 30 anos com medicina esportiva.

Além dos até 175 anos de reclusão pelas décadas de abuso, o ex-profissional da seleção de ginástica também já foi condenado a 60 anos de cadeia por pornografia infantil.

Os processos contra o médico incentivaram ginastas a revelarem seus casos de violência sexual protagonizados por Larry Nassar. Nomes importantes da ginástica americana, como as campeãs olímpicas Simone Biles, Gabby Douglas, Aly  Raisman e McKayla  Maroney foram vítimas de Nassar durante anos.

Durante os julgamentos, Larry Nassar pediu desculpas às vítimas e ainda encarou os pais de algumas das atletas no tribunal. Na última semana, Randall Margraves, pai de três meninas violentadas pelo ex-médico, tentou atacar o abusador em uma audiência no Estado de Michigan.

Depois de assistir duas de suas filhas providenciarem provas contra Nassar, Margraves realizou um pedido à juíza para ficar “cinco minutos em uma sala com este demônio”. A ideia foi rejeitada, e o pai das três garotas invadiu a área destinada ao réu com o intuito de agredi-lo. A polícia algemou Margraves, que pediu desculpas posteriormente e acabou liberado.

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