Proposta de Andrés Sanchez é dar mais do mesmo no Corinthians

Maior desafio do novo presidente será encontrar uma saída para pagar o Itaquerão

Sanchez sai do banheiro protegido por seguranças e integrantes de chapas que o apoiavam
Sanchez sai do banheiro protegido por seguranças e integrantes de chapas que o apoiavam - Marcelo D. Santis/Framephoto/Folhapress
Alex Sabino Diego Garcia
São Paulo

Andrés Sanchez se elegeu presidente do Corinthians com a força da própria imagem e o esfacelamento da oposição.

Dono de eleitorado cativo, ele não promoveu nenhuma plataforma de governo revolucionária. Foi o mais votado justamente por prometer mais do mesmo. Favoreceu-o que os votos contrários tenham sido divididos pelos outros quatro candidatos.

Cola que mantém unido o fragmentado Renovação e Transparência, grupo político que comanda o clube desde 2007, Sanchez deverá conciliar, ainda este ano, o comando do clube com uma campanha eleitoral. Embora não tenha anunciado, o deputado federal petista deverá tentar se reeleger.

Ele convive ainda com o fantasma de que seu nome apareça nas investigações da Operação Lava Jato. O dirigente diz que isso não vai acontecer.

Em um mundo ideal, Sanchez sequer seria candidato a presidente do clube. Mas, com as divisões internas, não viu alternativa que não fosse se lançar candidato. Chegou a ensaiar união com Paulo Garcia, com quem tem bom relacionamento, mas a aliança não vingou.

A campanha de Andrés foi baseada no passado. Sanchez já disse existir um Corinthians antes e outro depois dele. Quando assumiu pela primeira vez, o time estava em vias de cair para a Série B, o que aconteceu logo depois.

Sem dinheiro, fez o que achou necessário. Adiantou receitas, pediu empréstimos e vendeu porcentagens de jogadores. Assim, levantou recursos para tirar o time da Série B e dar o passo seguinte, possibilitado pelo acordo com o atacante Ronaldo.

O maior cartaz do grupo de Andrés são as conquistas do clube a partir de 2007 principalmente a Libertadores e o Mundial de 2012, além da construção do Itaquerão.

Seu desafio agora é encontrar uma saída para pagar a arena corintiana. No lançamento de sua campanha, chegou a dizer que o estádio que terá custo final de ao menos R$ 1,64 bilhão, incluindo juros seria quitado rapidamente.

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