A Polícia de Itaquaquecetuba (45 km da capital), onde aconteceu briga que resultou neste domingo (5) na morte do corintiano Danilo da Silva Santos, 30, não acredita que o crime tenha sido premeditado. Para o delegado encarregado do caso, o encontro entre torcedores de Santos e Corinthians foi casual.

Seis torcedores serão indiciados por homicídio. Cinco adultos estão presos e um adolescente foi encaminhado para a Vara da Infância e Juventude. Outros cinco ainda estão detidos antes de prestarem depoimentos. Dez foram ouvidos, liberados e serão investigados por rixa.

“Não há indícios de que foi um encontro predeterminado. Pelo que tudo indica, foi algo eventual”, afirma o delegado Wadton Andrade. 

Danilo da Silva Santos, 30, foi morto após sofrer espancamento quando o carro em que estava cruzou o caminho de ônibus em que viajavam cerca de cem torcedores do Santos na estrada de Santa Isabel, em Itaquaquecetuba. 

A vítima morreu após dar entrada no hospital Santa Marcelina, na mesma cidade. 

Segundo a investigação da polícia, 20 corintianos se dirigiam para um churrasco em Itaquaquecetuba quando se encontraram com o grupo de santistas que iam para uma festa na região. 

Mais duas

A confusão em Itaquaquecetuba não foi a única envolvendo torcedores no futebol brasileiro neste domingo (4). 

Um torcedor do Cruzeiro foi espancado a pauladas durante briga com atleticanos no domingo no bairro Prado, em Belo Horizonte. 

A confusão foi registrada por câmeras de segurança do local. Clóvis Schuartz Henrique de Souza Neves, 30, foi encontrado desacordado e com o rosto sujo de sangue.

O torcedor foi levado ao hospital João 23, no centro, que não informou o estado de saúde da vítima.

A polícia deteve 18 torcedores, que foram ouvidos e liberados. Foi instaurado inquérito para identificar os agressores. Policiais encontraram pedaços de madeiras, barras de ferro e rojões atirados por torcedores de Atlético-MG e do Cruzeiro. 

Em Fortaleza, briga entre torcedores do Fortaleza e Ceará deixou dois feridos em estado grave antes do clássico entre os dois times.

O confronto aconteceu no bairro Henrique Jorge, também no domingo. O confronto foi dispersado com a chegada da polícia, que ainda busca os agressores.