Palco de Portugal e Espanha —um dos duelos mais esperados da primeira fase, em 15 de junho— e de outros cinco jogos, o Estádio Olímpico de Fisht, em Sochi, será um dos mais importantes da Copa do Mundo da Rússia.

Após o Mundial, porém, há dúvidas sobre o futuro da instalação construída especialmente para a abertura e o encerramento dos Jogos Olímpicos e Paraolímpicos de Inverno de 2014 e remodelada para a Copa das Confederações e a Copa do Mundo. Os trabalhos totalizaram cerca de US$ 607 milhões (R$ 1,9 bilhão), em valores corrigidos com a inflação no período.

A principal intervenção foi a retirada do teto, já que a Fifa não permite a utilização de estádios fechados —apenas com cobertura retrátil, caso de São Petersburgo.

O maior questionamento que as autoridades locais enfrentam é sobre a sua utilização como palco exclusivo de futebol, uma das bandeiras da atual administração.

Sochi é a única das 11 cidades-sedes do Mundial que não conta com equipe na primeira, segunda ou terceira divisões russas. É um universo que compreende 100 times.

O mais importante nas redondezas é o Krasnodar, de cidade de mesmo nome localizada a cerca de 280 quilômetros. O clube, porém, conta com um estádio moderno para 30 mil torcedores inaugurado em outubro de 2016.

“O futebol é o esporte mais popular da região. Queremos trazer eventos grandes para cá, jogos de seleções internacionais, amistosos. Também colocamos o local à disposição para equipes que queiram se preparar aqui, pois temos um bom clima durante todo o ano” afirmou Liudimila Chernova, ministra do Esporte da região de Krasnodar.

Questionada sobre possíveis partidas no segundo semestre de 2018, a ministra não confirmou nenhuma. Disse apenas que há negociações em andamento.

O ministério e a Prefeitura de Sochi também não informam quanto será gasto com a manutenção do estádio. Dizem que estudos estão sendo feitos e que é prematuro falar em valores.

Em material distribuído à imprensa pela Fifa e pelo COL (Comitê Organizador Local), o Fisht é o único dos 12 estádios sem tópico específico com detalhes do legado.

A capacidade total do estádio é de 48 mil pessoas, por causa de arquibancadas temporárias instaladas atrás dos gols nos setores superiores.

Apenas 40 mil ingressos, entretanto, serão disponibilizados na Copa, já que há reserva de espaço para patrocinadores, áreas de imprensa e isolamento de pontos-cegos.

Além de Portugal e Espanha, o estádio receberá Bélgica e Panamá, Alemanha e Suécia, Austrália e Peru, um duelo das oitavas de final e um das quartas.

Sem receber nenhuma partida desde o término da Copa das Confederações, em julho de 2017, o estádio está praticamente pronto. O gramado recebe os últimos cuidados.

“Não há uso frequente deste estádio, mas temos visto um esforço enorme das autoridades para deixá-lo perfeito. O que falta de momento é a finalização das estruturas temporárias na área externa para a imprensa”, afirmou Colin Smith, diretor de competições da Fifa.