Descrição de chapéu Copa do Mundo

Franceses são maioria entre 'estrangeiros' da Copa; veja ranking completo

Torneio tem 80 atletas que defendem países diferentes de onde nasceram

São Paulo

A França, que tem sua seleção como uma das favoritas ao título da Copa do Mundo da Rússia, é líder na "exportação" de atletas para outras seleções.

Dos 80 jogadores que defendem países diferentes daqueles onde nasceram, 29 são naturais da França.

A maioria está em países africanos, como Tunísia (9), Marrocos (8) e Senegal (8). A Argentina tem um francês de nascimento, o atacante da Juventus Gonzalo Higuaín.

Na segunda posição entre os exportadores vem a Holanda, com sete jogadores: dois na Nigéria e cinco em Marrocos.

Cinco brasileiros estão em outras seleções do Mundial.

Mario Fernandes, lateral direito que atuou no Grêmio e hoje defende o CSKA Moscou, recusou uma convocação do técnico Mano Menezes para defender a seleção brasileira em 2011. Em 2014, chegou a disputar um amistoso pelo Brasil, mas, dois anos depois, conseguiu a cidadania russa e passou a defender a seleção do país europeu.

Fernandes foi titular da seleção anfitriã da Copa nas duas primeiras partidas e entrou no segundo tempo na terceira, nesta segunda-feira (25).

zagueiro Thiago Cionek, do Spal, time da primeira divisão do Campeonato Italiano, defende a Polônia. Desconhecido dos brasileiros, o paranaense está há dez anos na Europa. Descendente de poloneses, o jogador teve breve carreira pelo CRB-AL e foi para o Jagiellonia Bialystok, da Polônia, após um teste no time.

"Nunca tive chance de fazer teste em time nenhum [no Brasil]. Jogava em equipe menor. Tinha o sonho de ir para a base de algum dos grandes de Curitiba, mas é difícil, disse.

Na Copa, ele não apresentou bom desempenho. Fez um gol contra na primeira partida da equipe, derrota por 2 a 1 para o Senegal, e acabou sacado do time titular no revés seguinte, 3 a 0 diante da Colômbia.

Assim como Mario Fernandes e Thiago Cionek, outros três atletas nascidos no Brasil atuam por outras seleções no Mundial: Rodrigo Moreno e Diego Costa, da Espanha, e Pepe, de Portugal.

Em resposta a diversas nações que começaram a naturalizar jogadores para reforçar seus elencos, a Fifa, em 2004, começou a exigir que os jogadores demonstrassem ligação com o país que desejavam defender.

Os atletas também deveriam cumprir requisitos, como não ter disputado competições oficiais por outro país nas categorias adultas.

Analisando os números por continentes, a Europa está em primeiro lugar na lista de origem dos jogadores que defendem outras seleções, com 59, seguido de África (10), América (10) e Ásia (1).

A seleção marroquina, com 17 estrangeiros, é a maior importadora de jogadores --8 franceses, 5 holandeses, 2 espanhóis, 1 belga e 1 canadense.

Como se comunicar com uma seleção com nacionalidades tão variadas? O técnico francês Hervé Renard, que conduziu a campanha do Marrocos na Copa do Mundo da Rússia até o jogo contra a Espanha nesta segunda (25), alterna entre o inglês e o francês.

"Não vi coisa alguma de diferente do que vi na Zâmbia, na Costa do Marfim ou na França, exceto pela preleção antes do jogo, que eu preciso fazer em inglês e francês." Junto dele está Mustapha Hadji, seu assistente, que intervém quando é necessário conversar em árabe.

 
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