A proposta da Conmebol para que a Copa de 2022 no Qatar já conte com 48 seleções não será discutida pela Fifa em seu congresso de quarta-feira (11).
Reunião do Conselho da entidade neste domingo (10) em Moscou determinou que qualquer discussão só será feita após uma consulta com as autoridades que organizam a Copa no país asiático.
"Não sei [se o Qatar tem condições de sediar Copa com 48 times]. Vamos falar com o Qatar e depois decidir. No momento, o que temos é uma Copa com 32 times", afirmou o presidente da Fifa, Gianni Infantino.
Atualmente, o Qatar tem oito estádios confirmados para realizar a Copa do Mundo de 2022. Para Infantino, se houver o aumento, mais estádios precisarão ser erguidos.
"Para termos 48 times, precisamos ter entre 12 e 14 estádios", disse.
O presidente ressaltou que uma decisão precisará ser tomada antes do início das eliminatórias, o que não tem data prevista para acontecer. Para a Rússia-2018, as classificatórias tiveram início em 12 de março de 2015. A seguir a tendência, teria de começar em março de 2019.
"Precisamos tomar esta decisão o quanto antes, antes de começar as eliminatórias, sem dúvidas", afirmou Infantino.
"É prematuro fazer qualquer tipo de discussão no momento", disse o chefe da Fifa.
"Não adianta olharmos para a proposta da Conmebol agora, por isso não estará na agenda", disse.
Infantino afirmou ainda que a decisão pela ampliação poderá nem passar pelas 211 entidades que têm direito a voto no congresso e ficar restrita ao Conselho, que consta de 37 membros, das seis confederações continentais.
Caso não haja mudanças, o sistema com 48 seleções só entará em vigor no Mundial de 2026.
A escolha da sede desta Copa, será feita também na quarta-feira. Concorrem uma candidatura conjunta de Canadá, Estados Unidos e México - batizada de United 2026 - e uma do Marrocos.
O interesse da Conmebol se justifica pelo fato de que em um torneio com 48 seleções seis dos dez times participantes das eliminatórias garantirão vaga no Mundial.
Hoje, este número é de quatro, com um a mais podendo entrar pela repescagem. Na Rússia, serão cinco, após o Peru desbancar a Nova Zelândia.
Com 48 seleções, além de seis vagas para a Conmebol, a divisão fica assim: Oceania (1), América do Norte, Central e Caribe (6), Ásia (8), África (9), Europa (16) e mais duas seleções saindo de um playoff de repescagem.
A vaga do país-sede em 2026 irá influenciar diretamente no número final de vagas da confederação ao qual ele está vinculado.
A Copa do Qatar, confirmada por ora com 32 times, ocorrerá entre 21 de novembro e 18 de dezembro. O torneio foi deslocado para o fim do ano por causa do calor no país durante os meses de junho e julho.
MUDANÇAS NO RANKING
Após a Copa do Mundo, a Fifa colocará em vigência um novo sistema para o seu ranking mundial que serve para definir os cabeças de chave do Mundial.
Segundo a nova fórmula, não será feita uma média de pontos para cada partida individual, mas adicionando ou subtraindo pontos do total já existente. O cálculo levará em conta a força das duas seleções envolvidas nas partidas.
Também será dado peso maior a jogos da Copa do Mundo, por exemplo Jogos de mata-mata também terão mais influência do que os da fase de grupos.
Hoje, o sistema dá mais peso aos jogos realizados ao longo dos últimos 12 meses e os pontos obtidos num período anterior vão perdendo importância anualmente.
Agora será um sistema contínuo, não importando a data da realização dos jogos.
"Decidimos por fazer um ranking mais justo e dar mais peso a partidas oficiais. Esperamos que seja um sistema menos sujeito a críticas", disse Infantino.
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