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Mais rico e estrangeiro, Campeonato Inglês testa 'seleção natural'

Com 67,7%, país tem o maior índice de estrangeiros das cinco principais ligas

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São Paulo

Em 1992, quando o Campeonato Inglês virou Premier League, 71,3% dos jogadores da competição eram nascidos no país.

Hoje, 67,7% são estrangeiros, em times que se assemelham a seleções multinacionais. Casos de Manchester United e Leicester, que abrem nesta sexta (10) a temporada 2018/19 da liga inglesa.
Dos 59 atletas dos dois clubes, 16 são ingleses: 27%.

A porcentagem de atletas estrangeiros na Inglaterra é a maior das cinco principais ligas europeias. Na Itália, segundo país com mais jogadores de fora, o índice é de 55%.

O argelino Mahrez, do Manchester City, tenta escapar do brasileiro naturalizado italiano Jorginho, do Chelsea. Ao fundo observam o espanhol Morata e o brasileiro Fernandinho
O argelino Mahrez, do Manchester City, tenta escapar do brasileiro naturalizado italiano Jorginho, do Chelsea. Ao fundo observam o espanhol Morata e o brasileiro Fernandinho - Craig Brough/Action Images via Reuters

O recurso da TV, além da receita dos clubes com bilheteria e ações aos torcedores, ajuda a sustentar as equipes.

As televisões pagaram 4,464 bilhões de libras (cerca de R$ 21,760 bilhões) por cinco dos sete pacotes de televisão do triênio 2019-2022.

A pouca quantidade de ingleses no campeonato do país tem gerado discussões.

Uma corrente defende que os reforços internacionais tiram espaço dos ingleses, diminuindo a força da equipe nacional, o que justificaria o desempenho recente abaixo da média. Na Eurocopa de 2016, a equipe caiu nas oitavas de final para a Islândia e no Mundial de 2014 não passou da fase de grupos.

Há quem pense o contrário. Caso do economista Stefan Szymanski, que escreveu com o jornalista Simon Kuper o best-seller "Soccernomics".

A tese dos autores: a Premier League não é vilã.

De 1966, quando foram campeões mundiais, até o início do atual formato, em 1992, a Inglaterra ficou mais vezes fora da Euro ou da Copa na comparação com o período atual, pós-Premier League.

Por esse argumento, o fortalecimento da liga local cria uma espécie de seleção natural. Jogam só os melhores, e se um inglês está entre eles, sobe o nível da seleção. A campanha inglesa na Rússia ajuda a corroborar essa tese.

Os comandados de Gareth Southgate foram até a semifinal, fase que a equipe não alcançava desde 1990 

Com um técnico português (Mourinho, do Manchester United) frente à frente de um francês (Puel, no Leicester), inicia-se outro capítulo para alimentar a discussão.

Apesar de Southgate ter defendido que os jovens ingleses sejam mais escalados, para que ganhem rodagem.

O Campeonato Inglês tem transmissão da ESPN Brasil, que transmite nesta sexta, às 16h, Manchester United x Leiceister, e da RedeTV!, que passará no sábado (11) o duelo Wolverhampton x Everton, às 13h15.

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