Descrição de chapéu The New York Times

Quem é o homem que cuida da fortuna dos atletas de elite da NBA

Joe McLean cobra disciplina para proteger clientes, que não gastam pouco

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Devin Gordon
Nova York | The New York Times

Cada dia do trabalho de Joe McLean como o mais conhecido administrador de dinheiro para a elite da NBA requer que ele faça o tipo de compras que uma pessoa comum faz uma ou duas vezes na vida.

Em 2018, por exemplo, ele comprou 25 carros em nome de seus clientes e deve ter vendido número quase igual de veículos. Só em fevereiro, fechou contrato para a compra de quatro casas. Você não acreditaria em quantas mesas de bilhar ele já comprou, e muito menos em quantas piscinas.

Administrar o dinheiro dos jogadores de basquete não é a mesma coisa que administrar seu patrimônio. Cabe a McLean proteger os ativos de seus clientes não importa que forma eles tomem. Os carros deles precisam ser personalizados. Suas casas precisam de reformas. As pistas de boliche em seus imóveis precisam de renovação. Seus lagos de carpas —cada qual abrigando 30 criaturas, cujo preço individual é de US$ 5 mil (aproximadamente R$ 19 mil)— requerem um modelo específico de rede de emergência, que precisa ser instalado quando o time do cliente está jogando fora de casa, e há um furacão se aproximando.

Após abandonar o esporte por uma década, Joe McLean encontrou um caminho de volta: ele gerencia o patrimônio dos atletas - Winni Wintermeyer/The New York Times

O devoto dos peixes em questão é Hassan Whiteside, excêntrico pivô de 2,13 metros de altura do Miami Heat, que também tem uma dúzia de aquários especiais em sua casa. "Ele deu nomes a todos os peixes em seus aquários", disse McLean. "Chama-os de ‘Meus Pequenos Gângsteres.’ E conversa com eles. Conversa com eles todos os dias."

Isso não significa que os clientes de McLean sejam perdulários. Para contratar seus serviços, o jogador precisa aceitar poupar pelo menos 60% do que ganha, e a proporção cresce para 80% caso o atleta tenha a sorte de assinar um contrato de longa duração. Ou nada feito. McLean dispensou dois clientes que violaram essa regra. Ele odeia fazê-lo, porque "para mim isso significa que estou desistindo deles", disse. "Mas eles não respeitaram o programa."

McLean descreveu seus negócios em um jantar em março no hotel Ritz-Carlton, em Washington, e era fácil compreender por que alguns dos atletas mais bem pagos dos Estados Unidos lhe confiaram seu dinheiro. Aos 45 anos, ele irradia precisão e firmeza. Os óculos de leitura retangulares, de aros negros, contrastam agradavelmente com sua compleição pálida, em uma figura de verticalidade pronunciada: corpo alto (1,98 metro de altura), nariz longo, rosto longilíneo. Seu terno J. Hilburn, azul e de corte esguio, não parece apertado mesmo nos lugares em que ternos de excelente alfaiataria costumam parecer apertados. O laço de sua gravata só pode ser descrito como espetacular. Toda a imagem dele transmite a sensação de que, qualquer que seja o problema, McLean será capaz de resolver.

Agora que a temporada da NBA se encerrou, três dos clientes de McLean devem assinar megacontratos da ordem dos US$ 200 milhões (R$ 766 milhões). Um deles, Klay Thompson, do Golden State Warriors, recentemente derrotado em sua tentativa de conquistar um terceiro título consecutivo na NBA, tem apenas 29 anos e é solteiro, mas definiu com McLean um plano que cuidaria de sua futura família por um século.

No Ritz, McLean estava à espera de mais um atleta que se tornará "free agent" e estava chegando à cidade no ônibus do Orlando Magic. Nicola Vucevic teve uma temporada transformadora que fez de um pivô de segunda linha um novo astro da liga, o que também significa que ele está a caminho de deixar de ser apenas rico para se tornar escandalosamente rico. Mas Vucevic só se tornaria "free agent" dentro de quatro meses, e McLean queria conversar com ele sobre adquirir uma apólice especial de seguro, para o caso de uma lesão. "Alguns jogadores aceitam, outros não", disse McLean. "Parte do meu trabalho é lhes oferecer todas as informações."

Nas semanas seguintes, ele teria uma conversa parecida com Thompson, cuja situação era simples: caso o Warriors lhe ofereça um contrato de valor máximo por cinco temporadas, o que significaria cerca de US$ 190 milhões (R$ 728 milhões), ele certamente ficaria no time. Caso contrário, qual seria a melhor opção? Buscar um novo time? "Ele provavelmente não precisará fazê-lo", disse McLean, sorrindo. "Mas se tiver que ser assim, é o que faremos. Com sorte não será preciso." (Àquela altura das negociações, o Warriors havia indicado claramente que gostaria de manter Thompson. A situação veio a se complicar mais tarde por conta de uma lesão que ele sofreu na série final de playoffs).

McLean não negocia os contratos de seus clientes —ele não é agente. Seu trabalho é investir com lucro todo o dinheiro que entra e fiscalizar todo o dinheiro que sai. Ele é parte investidor, parte mordomo, parte diretor financeiro e parte parceiro de golfe, além de terapeuta esportivo e, se necessário, pai ranzinza. Quando o explosivo ala-pivô Aaron Gordon assinou seu primeiro grande contrato, no ano passado (por US$ 84 milhões, aproximadamente R$ 322 milhões), McLean o alertou de que "grande abundância requer grande disciplina."

Gordon, 23, é um cara muito consciencioso, para um jovem atleta rico, e sabia que era exatamente isso que precisava ouvir. "Joe me ajuda a pisar no freio", ele disse por telefone em abril, na noite anterior ao primeiro jogo de playoff do Orlando em mais de uma década. "Gosto da ideia de gratificação instantânea. Gosto de batalhar pela maior pontuação toda vez. Mas Joe lida com dinheiro há muito tempo, e sabe que você precisa cuidar das jogadas menores, também. Longevidade."

"Por exemplo, se estou precisando de tacos de golfe —tacos personalizados", prosseguiu Gordon, "ele sabe a quem procurar, onde comprar. Ou se preciso transportar meu carro de um lado do país para o outro. Ele cuida disso. Cuida de tudo. Tem muitos recursos. E nos conecta às pessoas certas, para que não sejamos explorados."

McLean conquista a confiança dos clientes em parte por fazer o trabalho —encontrar os tacos de golfe, comprar as redes para carpas— quase inteiramente sozinho. Sua empresa, a Intersect Capital, administra contratos em valor US$ 1,7 bilhão (R$ 6,52 bilhões), para cerca de 50 atletas, e a partir da metade deste ano pode adicionar mais US$ 1 bilhão (R$ 3,83 bilhões) em valor ao total administrado. Mas a empresa, localizada em San Ramon, Califórnia, emprega apenas mais 10 pessoas, porque o tratamento personalizado é o que ele vende.

"Serviço 100%, dedicação completa", disse McLean, "para qualquer aspecto das vidas deles, 24 horas por dia, sete dias por semana."

E ele guardou US$ 8 mil na cueca

McLean gosta de contar que recebeu sua primeira lição sobre administração de dinheiro aos 22 anos, em 1997, antes de um jogo em um pequeno ginásio nas cercanias de Barcelona. Depois de jogar basquete universitário no Arizona e de uma passagem por uma equipe semiprofissional do Dakota do Norte, ele tinha assinado com um time espanhol. Mas depois de dois meses de contrato, ainda não tinha recebido qualquer pagamento.

Horas antes do início da partida, McLean e um colega de time americano se recusaram a entrar em quadra antes de receber o que o clube lhes devia, o equivalente a US$ 16 mil (R$ 61 mil em valores não atualizados) para cada um deles. "Acho que o treinador só percebeu quando entrou na quadra para o aquecimento, e lá estávamos nós, ainda de jeans", relembra McLean.

Quando eles disseram que, sem pagamento, não jogariam, o treinador saiu furioso do vestiário e chamou o diretor do clube. Depois saiu furioso, de novo, para chamar o dono do clube. O dono esbravejou mais um pouco, mas terminou cedendo. Vinte minutos mais tarde, um lacaio apareceu "com uma mala marrom literalmente cheia de dinheiro", disse McLean.

Agora, ele e o colega tinham um problema: US$ 32 mil (R$ 122 mil) em dinheiro e nenhum lugar pra guardar o pagamento. Mas um mochileiro americano com quem tinham feito amizade recentemente estava na arquibancada, e eles lhe ofereceram US$ 500 (R$ 1.900) para que guardasse metade do dinheiro durante o jogo.

"Nós o colocamos em um lugar do lado dos mesários, e eu disse ao cara que não o conhecia bem, mas jurava por Deus que se ele levantasse do lugar nem que para ir ao banheiro, eu sairia da quadra para correr atrás dele", disse McLean.

Depois, McLean e o colega guardaram cada qual US$ 8 mil (R$ 30 mil) em suas cuecas, e entraram em quadra para a partida. "E a verdade é que jogamos muito bem", contou McLean.

Em outro episódio, em Chipre, espectadores expressaram seu desprazer com o desempenho do time aquecendo moedas com isqueiros e atirando-as nos jogadores que estavam sentados no banco. "Torcedores muito passionais", disse McLean, com humor seco. Ele foi atingido mais de uma vez nos ombros por moedas escaldantes. McLean fez sua última tentativa de encontrar vaga na NBA em uma passagem pelo Sacramento Kings em 1998. Mas quando apareceu para apanhar o ônibus que levaria o time ao aeroporto, rumo à partida de abertura da temporada, o treinador o parou.

"Ele me olhou nos olhos, e em seguida baixou a cabeça", disse McLean. O Kings havia decidido cortá-lo. "Foi o mais perto que cheguei do sucesso em quadra": ser impedido de embarcar no ônibus do time. "Foi brutal, brutal de verdade."

McLean se deixou consumir pela amargura por algum tempo, e passou uma década afastado dos esportes a fim de iniciar uma nova carreira nas finanças. Começou administrando o dinheiro de pessoas normais, incapazes de enterradas selvagens, mas não demorou para que alguns de seus velhos colegas no Arizona buscassem sua ajuda. Sabiam que ele lidava bem com dinheiro, e que era um cara de confiança. E por ser um ex-atleta, que tinha chegado bem perto da NBA, McLean sabia bem o que interessa aos jogadores.

McLean sabia que os atletas, ao menos os atletas especiais, são motivados por metas. Querem ser pressionados, querem ser orientados. E enfim lhe ocorreu que esse poderia ser o caminho que o levaria à NBA, depois de tanto tempo,

US$ 5 mil por semana para cortar a grama

Os principais astros dos grandes esportes dos Estados Unidos ganham pilhas de dinheiro. McLean também tem clientes na NFL (Jameis Winston, Whitney Mercilus), Major League Baseball (Nolan Arenado, Dexter Fowler) e PGA (Sergio Garcia), mas é na NBA que o dinheiro se concentra. O pagamento médio de um jogador da NBA é de cerca de US$ 10 milhões (R$ 38 milhões) por temporada, ante US$ 3 milhões (R$ 11,5 milhões) no caso da NFL. James Harden, o jogador mais bem pago da NBA, ganhará quase US$ 50 milhões (R$ 191 milhões) na temporada 2022-2023.

Essa riqueza toda atrai oportunistas e pilantras escancarados. "Os jogadores são bem mais espertos hoje", disse McLean. Mas continuam a ser trapaceados. Recentemente, Lonzo Ball, armador do Los Angeles Lakers que defenderá o New Orleans Pelicans na nova temporada, processou um amigo de sua família, acusando-o de um desfalque de US$ 1,5 milhão (R$ 5,75 milhões) em uma companhia de roupas aberta pelo pai de Ball. Ainda mais comum é a pequena exploração cotidiana —cobranças excessivas e indevidas, ou acordos idiotas assinados em boa fé.

No ano passado, logo que Gordon assinou seu contrato de US$ 84 milhões (R$ 322 milhões), ele comprou uma casa e se viu imediatamente sujeito às dificuldades diárias de cuidar de seu imóvel, para as quais não tinha resposta. Uma delas era determinar quanto ele deveria pagar para ter seu gramado aparado.

"As primeiras pessoas que apareceram me encaminharam faturas de US$ 4 mil ou US$ 5 mil (de R$ 15 mil ou R$ 19 mil) por semana, para aparar os jardins e cuidar da limpeza exterior da casa", disse McLean. A casa de Gordon é grande, mas nem tanto: o preço deveria ter sido de US$ 500 (R$ 1.900). "Tive de voltar a Orlando e arranjar pessoas em quem confiamos para cuidar da casa. Tive que falar com todo mundo que tem acesso ao imóvel, e pedir que assinassem acordos de confidencialidade."

"O poder que pagar as contas me dá", ele disse, "é que posso ver quando alguém tenta explorar um cliente."

Painel de fotos do "March Madness" (Loucura de Março), torneio universitário de basquete dos Estados Unidos, montado no escritório de McLean - Winni Wintermeyer/The New York Times

No caso de alguns jogadores, eles precisam mais de proteção contra seus times do que de proteção contra exploradores. Na pós-temporada de 2017, Isaiah Thomas, do Boston Celtics, ganhou status quase mitológico junto à torcida por continuar jogando apesar de uma lesão e da morte súbita de sua irmã mais nova. Mas o esforço agravou a lesão e Thomas teve de passar por uma cirurgia séria. Um ano que deveria vê-lo assinando um novo contrato da ordem dos US$ 100 milhões (R$ 383 milhões) em lugar disso fez de Thomas um jogador franzino e com a bacia bichada. O Boston terminou por trocá-lo, e ele agora ganha o salário mínimo dos veteranos da liga.

Mesmo no mundo frio dos negócios do esporte, foi um comportamento absurdamente cruel por parte do time, e as feridas ainda estão abertas, e afetam McLean. Thomas é um de seus mais antigos clientes. "O assunto não se encerrou", disse McLean a certa altura, embora não estivesse claro se ele estava mencionando a possibilidade de processar o Celtics ou a revanche do karma que o time vem enfrentando desde então (McLean se recusou a comentar).

Thomas jogou a temporada mais recente pelo Denver Nuggets, seu quarto time em três anos, e pode passar por nova transferência. McLean cuidará de toda a logística —a próxima casa na próxima cidade, encontrar escolas para as crianças—, a fim de permitir que o cliente se concentre no basquete.

"Passei por tanta coisa nos últimos seis ou sete anos", disse Thomas por telefone antes de um jogo de playoff contra o San Antonio Spurs em abril. "E Joe esteve sempre ao meu lado. Mesmo quando ele me diz que gastei demais em dado mês e tenho que desacelerar... confio no que ele me aconselha."

Thomas foi o último jogador escolhido no draft de 2011. Está registrado como tendo 1,80 metro de altura, o que faz dele um dos jogadores mais baixinhos da NBA atual. "É como se as coisas sempre tivessem sido assim. Tivemos pontos baixos e pontos altos, mas estivemos sempre juntos. Creio que é aí que esteja a confiança, porque isso vai além das minhas finanças."

Diagrama do escritório de McLean que explica sua filosofia: a intersecção entre "as coisas que importam" e "as coisas que você consegue controlar" forma "aquilo no que você deve se focar" - Winni Wintermeyer/The New York Times

Carros. Carros. Carros.

O jantar no Ritz já durava uma hora quando McLean recebeu uma mensagem de texto de Vucevic, do Magic. Ele estava a 15 minutos do hotel. Enquanto esperávamos, McLean me mostrou um caderno com uma lista de tudo que seu trabalho o levou a fazer nas duas semanas anteriores.

A lista cobria três páginas inteiras de anotações, em letrinha miúda. Reformas de diversas casas. Previsões orçamentárias iniciais com Arenado, que recentemente renovou com o Colorado Rockies por oito anos e US$ 260 milhões (R$ 996 milhões). Assinar um contrato para Thompson que faz dele o primeiro jogador da NBA (acreditam administrador e atleta) a ter uma linha personalizada de equipamento de golfe (roa-se de inveja, Steph Curry).

Para fazer tudo isso, McLean cobra dos jogadores uma taxa de administração e mais uma comissão sobre os ativos investidos por meio de sua empresa: 1% sobre os primeiros US$ 5 milhões (R$ 19 milhões) e uma porcentagem menor para montantes maiores.

O montenegrino Vucevic,um pivô de 2,13 metros e 118 quilos, chegou dando um abraço e um aperto de mão caloroso em McLain, e se encaixou com esforço no reservado do restaurante, ao lado dele. "Vooch" é casado, tem filhos pequenos, e é um sujeito reservado e cauteloso por natureza. Ele não tem conta no Instagram. Não curte a noite. E quando fala sobre dinheiro, parece estar recebendo o espírito de McLean.

"O plano de longo prazo é meu trabalho mais importante, agora", disse Vucevic, "porque estou ganhando muito dinheiro e o fluxo de caixa é bom, mas quando eu me aposentar as coisas serão muito diferentes. Quero garantir que possa manter um estilo de vida semelhante no futuro, e fazer com que meu dinheiro ganhe dinheiro para mim."

Ele tem um vício —o mesmo de quase todo jogador da NBA, e alguns anos atrás ele e McLean brigavam o tempo todo a respeito disso: carros.

"Carros", disse Vooch, sorrindo.

Nada estressa McLean com tanta facilidade, embora ele tenha se acalmado bastante quanto ao assunto. "Agora eu digo que tudo bem, compre um carro", ele disse. "O carro que quiser. Mas um só. É isso."

A mesma preferência foi mencionada em quase todas as entrevistas.

"Carros", disse Thomas.

"Carros", disse Gordon.

"Ouço histórias sobre atletas profissionais comprando carro atrás de carro atrás de carro atrás de carro, mesmo que não tenham dinheiro", disse Gordon. "Eles pagam todos esses financiamentos de carros e se endividam. E nem usam os carros." Gordon só tem quatro carros, dois dos quais deu aos pais. Pelos padrões da NBA, a entrada para carros de sua casa em Miami é um deserto. Mesmo os veículos que ele usa pessoalmente refletem uma maturidade fiscal crescente, que deve ser causa de orgulho para McLean.

"Busco sempre o equilíbrio", disse Gordon. "Com isso, tenho um carro bem chique —um Rolls-Royce. Mas para manter o equilíbrio e reduzir o estresse de Joe, comprei um Tahoe —um carro muito eficiente."

Escritório da Intersect Capital, empresa de Joe McLean, em San Ramon (Califórnia) - Winni Wintermeyer/The New York Times

 Tradução de Paulo Migliacci

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