Helicóptero de Kobe ficou a 6 metros de evitar choque, diz apuração

Aeronave caiu na região de Calabasas, na Califórnia, e matou atleta e mais 8 pessoas

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São Paulo

Investigação do Conselho Nacional de Segurança nos Transportes (NTSB, na sigla em inglês) acredita que o helicóptero que transportava Kobe Bryant e outras oito pessoas no último domingo (26) ficou de 6 a 10 metros de escapar da colisão com a encosta que determinou a tragédia.

Durante entrevista coletiva na última terça-feira (28), Jennifer Homendy, integrante do NTSB, órgão que apura as possíveis causas do acidente que matou a lenda do basquete norte-americano, também disse que a queda da aeronave se deu de maneira muito rápida.

Ela afirmou que, segundo investigadores, o piloto tentou sair de uma camada de nuvens, mas a aeronave se inclinou de maneira brusca, seguiu direto em direção ao solo, bateu em uma encosta e explodiu em chamas. Do momento da manobra até a queda foram cerca de 60 segundos.

Investigadora do Conselho Nacional de Segurança nos Transportes (NTSB, na sigla em inglês) observa destroços do helicóptero de Kobe Bryant
Investigadora do Conselho Nacional de Segurança nos Transportes (NTSB, na sigla em inglês) observa destroços do helicóptero de Kobe Bryant - José Romero - 27.jan.20/National Transportation Safety Board/AFP

Segundo Homendy, não havia no helicóptero nenhum sistema de alerta de terreno, que poderia avisar o piloto sobre a proximidade de uma encosta. Também não existia uma caixa-preta com gravador de dados de voo, o que dificulta as investigações. Ainda na entrevista, a representante do NTSB afirmou que a apuração das causas do desastre deve levar cerca de um ano.

Na última segunda (27), já haviam sido divulgados áudios da comunicação das torres de controle em Los Angeles com o helicóptero. No último contato, a aeronave já estava em Calabasas, local da queda, a apenas de 450 m de altitude.

Após isso, dados de radar mostraram que o helicóptero Sikorsky S-76B subiu a cerca de 700 metros para tentar escapar das nuvens e começou uma curva à esquerda antes de o controle de tráfego aéreo perdesse de vez a comunicação.

As condições climáticas na região de Calabasas, no estado da Califórnia, relatadas pelas autoridades locais, não eram adequadas para voos. Havia muita neblina na região do acidente, o que pode explicar o motivos de o piloto do Sikorsky S-76B estar voando tão baixo naquele momento.

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