Banco do São Paulo contribui com poucos gols e mostra carências do elenco

Metade dos dez gols marcados pelos reservas no Brasileiro foi de Luciano e Brenner

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São Paulo

Aos 27 minutos do segundo tempo da derrota para o Santos, Fernando Diniz colocou de uma vez só os atacantes Santiago Tréllez e Gonzalo Carneiro. O São Paulo, então, passou a apostar nos cruzamentos para a área em busca dos dois grandalhões –Tréllez tem 1,85 m, e Carneiro, 1,94 m.

Mas o rival, que atuou com reservas, segurou o resultado e imprimiu ao clube do Morumbi sua segunda derrota consecutiva no Campeonato Brasileiro, depois da goleada sofrida para o Red Bull Bragantino.

Pode-se discutir a ideia por trás do uso excessivo da bola aérea no clássico, mas uma análise mais geral para a campanha são-paulina mostra que os reservas do São Paulo contribuem muito pouco quando a equipe precisa de gols vindos do banco.

Sinal de que a equipe, líder do campeonato e que precisa reagir neste domingo (17), contra o Athletico, às 16h, na Arena da Baixada (Globo transmite), precisa de suas referências em forma e atuando, pois o elenco não consegue suprir as eventuais baixas no time titular.

Dos 49 gols que o São Paulo marcou até aqui no Nacional (é o melhor ataque da competição), dez foram de atletas que entraram no decorrer dos jogos. Uma participação de 20%, o que não é um índice ruim. O problema é que metade desses gols foi da dupla Luciano e Brenner (atualmente titulares).

Hernanes, Vitor Bueno, Toró e Carneiro também anotaram, mas não foram determinantes em partidas que o São Paulo necessitava de uma reviravolta ou fazia pressão sobre o adversário.

Luciano, o reserva que mais gols marcou jogando como substituto, ajudou a equipe a somar um ponto diante do Bahia no primeiro turno, em jogo que os são-paulinos perdiam para os baianos por 1 a 0. De cabeça, o atacante, que havia acabado de chegar ao clube e fazia sua estreia, deixou tudo igual no Morumbi.

Os outros dois gols do camisa 11 no Nacional foram decisivos para uma das grandes vitórias tricolores na competição. No Castelão, contra o Fortaleza, ele saiu do banco e marcou o gol da virada por 2 a 1 sobre os cearenses, que empataram na sequência. Já no fim da partida, Luciano, de novo, deu números finais ao confronto, 3 a 2.

Com 12 no Brasileiro, ele é o artilheiro do São Paulo no campeonato, seguido por Brenner, autor de 11. Juntos, representam 47% dos gols são-paulinos no Brasileiro.

Assim como Luciano, o atacante revelado em Cotia também contribuiu de maneira fundamental em triunfos importantes do time de Fernando Diniz.

Quando ainda era reserva de Pablo, ele entrou no segundo tempo do clássico com o Corinthians, no primeiro turno, e anotou o gol da vitória por 2 a 1, de cabeça, aos 47 minutos do segundo tempo.

Em setembro, diante do Fluminense, o São Paulo perdia por 1 a 0 para os cariocas no Morumbi. No intervalo, Diniz colocou Brenner em campo. O atacante igualou o placar logo aos 5 minutos da etapa final e encaminhou a virada são-paulina, que veio com Luciano e Vitor Bueno (ambos titulares naquela tarde).

O veterano Hernanes, 35, tem dois gols no Brasileiro entrando no decorrer de jogos. Mas seus gols foram marcados em partidas praticamente decididas: o terceiro nos 3 a 0 sobre o Goiás e o quarto na goleada de 4 a 0 sobre o Botafogo.

Toró e Carneiro, com um gol cada um, também não anotaram gols decisivos. O atacante de 21 anos marcou o terceiro na vitória por 3 a 0 diante do Atlético-MG, e o uruguaio foi às redes já nos acréscimos do segundo tempo nos 4 a 2 sofridos para o Bragantino.

Vitor Bueno, o reserva mais utilizado por Diniz com 16 apresentações como substituto, tem somente um gol vindo do banco. Foi contra o Palmeiras, no Allianz Parque, quando os tricolores já venciam por 1 a 0. Foi, inclusive, seu último gol pelo São Paulo, em outubro de 2020.

Quem tem desempenho ainda pior é Pablo, que perdeu a titularidade no comando do ataque para Brenner. Em 12 jogos que participou como reserva, o camisa 9 não marcou nenhum gol. Seu último pelo clube no Nacional, quando ainda era titular, foi anotado em agosto do ano passado, contra o Sport, em Recife.

Paulinho Boia e Tréllez, os outros dois atacantes que Diniz tem à disposição no elenco, não marcaram no Campeonato Brasileiro. Boia atuou 12 vezes na competição, 7 delas vindo do banco. Já o colombiano tem seis partidas no Nacional, todas como substituto.

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