Finalistas do Mundial de Clubes, Bayern e Tigres deram saltos consideráveis no Ranking Folha do futebol mundial. O campeão deixou para trás o Barcelona e se igualou ao Boca Juniors na terceira colocação. O surpreendente vice pulou da 87ª para a 51ª posição.
No caso dos alemães, a pontuação foi a máxima possível para um europeu. Algo apropriado para um time que venceu todas as suas partidas na Champions League, triunfou na Supercopa da Europa e levou o Mundial sem maiores sustos.
O Bayern obteve 70 pontos ao erguer a principal taça da Europa, contabilizou mais 10 na Supercopa e concluiu um 2020 ultravitorioso somando 80 na disputa entre os campeões continentais. Chegou, assim, aos 960, mesma marca do argentino Boca.
“Parabéns aos jogadores. Completaram um feito histórico”, disse o técnico Hansi Flick, lembrando que eles também se impuseram sobre os adversários no Campeonato Alemão, na Copa da Alemanha e na Supercopa da Alemanha.
Os títulos domésticos não valem pontos para o Ranking Folha internacional, mas ajudam a contar a história de uma temporada na qual a equipe de Munique levantou todos os seis troféus que disputou. “Mesmo para um clube como o Bayern, foi o ano de maior sucesso em todos os tempos”, vibrou Flick.
A satisfação não era muito diferente no lado derrotado na decisão do Mundial. Primeiro representante da América do Norte a atingir a final da competição, o Tigres teve muito a comemorar ao fim de uma sequência de resultados bastante positivos.
Os mexicanos conquistaram a Liga dos Campeões da Concacaf (confederação que reúne os países da América Central e da América do Norte) com um gol de Gignac no final do confronto com o Los Angeles FC, dos Estados Unidos. Também foi o artilheiro francês que balançou a rede do Palmeiras na semifinal do Mundial.
O título continental deu 15 pontos à equipe da província de Nuevo León, que obteve mais 50 pela classificação à final no Qatar, contra o Bayern. Com os 65 pontos obtidos em 2020, o Tigres mais do que dobrou sua marca total, que era de 64 até 2019.
Já o Palmeiras, castigado por Gignac, acabou não pontuando –ou fazendo gol– na Ásia. Foi a primeira vez que um sul-americano não ficou entre os três primeiros do Mundial, mas a campanha vitoriosa na Copa Libertadores representou também uma subida alviverde no ranking.
Com os 70 pontos na conquista da América do Sul, o clube alviverde chegou aos 300 pontos e passou a dividir a 24ª posição com Cruzeiro e Internacional. O egípcio Al Ahly, que derrotou os palmeirenses na disputa pelo terceiro lugar do Mundial, aparece logo atrás, com 252.
Entre os brasileiros, ganharam pontos o Santos –vice-campeão da Libertadores, que atingiu os 490 e ficou em 15º lugar– e o Flamengo –campeão da Recopa Sul-Americana, que foi aos 320 e assumiu o 21º posto. Ambos estão atrás do São Paulo (620), décimo na classificação e primeiro representante do Brasil.
A liderança geral ainda é do Real Madrid. O clube espanhol contabiliza 1.630 pontos e tem grande vantagem sobre o segundo colocado, o Milan, que soma 1.010.
O ranking mundial é publicado na Folha desde 2002. Nele, são consideradas apenas competições internacionais. Equipes campeãs e que ficaram em segundo lugar somam pontos. Para ser contabilizado no levantamento, um torneio precisa ter grande representatividade, cunho oficial e sequência.
Perguntas e respostas sobre o Ranking Folha
Desde quando o Ranking Folha de futebol é feito?
A primeira edição do ranking nacional é de 1996. Desde então, a lista passou por modificações, correções e revisões. A última grande revisão aconteceu em 2010. O ranking mundial começou a ser publicado em 2002 e segue as mesmas diretrizes da lista nacional.
Quem entra no Ranking Folha?
No ranking nacional só aparecem times que somaram pontos (foram campeão ou vice) em competições nacionais ou internacionais. No ranking mundial, apenas aqueles que pontuaram em torneios internacionais.
Quais são os torneios considerados?
Para entrar no ranking, um torneio precisa ter grande representatividade, cunho oficial e sequência. Assim, campeonatos disputados só uma vez e sem perspectiva de novas edições, como os supercampeonatos realizados em alguns estados em 2002, são desconsiderados. Também não rendem pontos para o ranking torneios como Copa Rio, Copa Suruga, Supercopa do Brasil e Florida Cup, entre outros.
Por que torneios disputados por apenas dois clubes, como a Recopa Sul-Americana, não dão pontos ao vice?
Toda equipe que participa de um torneio como esse já foi bonificada, já que reúne vencedores de competições prévias. Não seria lógico ter um time pontuando onde só fracassou.
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