F1 diz ser impossível manter GP da Rússia em meio à guerra com a Ucrânia

Pilotos da categoria já haviam se posicionado contra a realização da prova no país

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São Paulo

Marcado para 25 de setembro, o GP da Rússia de F1 não deverá ser disputado em 2022. Nesta sexta (25), a categoria emitiu um comunicado no qual diz ser "impossível" a realização da prova em meio à guerra do país com a Ucrânia.

"O Mundial de F1 visita países de todo o mundo com uma visão positiva de unir as pessoas. Estamos acompanhando os acontecimentos na Ucrânia com tristeza e choque e a esperança de uma pacífica resolução para a presente situação. Na quinta (24), a FIA e as equipes discutiram a posição do nosso esporte, e a conclusão é, incluindo a visão de todas as partes interessadas, de que é impossível manter o GP da Rússia nas atuais circunstâncias", disse a nota da FIA.

Pilotos em ação durante o GP da Rússia, em Sochi, na temporada de 2021 da F1
Pilotos em ação durante o GP da Rússia, em Sochi, na temporada de 2021 da F1 - Alexander Nemenov - 26.set.2021/AFP

Nesta quinta, pilotos importantes do circuito já haviam manifestado sua contrariedade com a possibilidade de realização da prova no país.

Tetracampeão mundial de F1, o alemão Sebastian Vettel se disse "chocado" com a invasão russa e foi enfático ao dizer que não gostaria de participar da etapa.

"É horrível ver o que está acontecendo [...] Falo por mim: eu não devo ir e eu não irei. É errado correr lá. Pessoas estão sendo mortas por razões estúpidas e uma liderança muito estranha e raivosa", disse o alemão, se referindo ao presidente da Rússia, Vladimir Putin.

O atual campeão, Max Verstappen, que não costuma se envolver em questões políticas, concordou com o posicionamento de Vettel.

"Se um país está em guerra, não seria certo correr lá", afirmou o holandês. "Mas não é só o que eu acho. O paddock todo tem de decidir o que faremos em seguida", continuou o piloto da Red Bull.

Os primeiros impactos comerciais da guerra já podem ser sentidos na F1. A escuderia americana Haas anunciou na quinta que, a partir desta sexta, seus carros não exibirão mais o patrocínio da Urakali, conglomerado russo do ramo de fertilizantes.

A retirada do patrocinador foi anunciada em um breve comunicado, no qual a equipe citou que "não irá se pronunciar sobre acordos comerciais". A Urakali tem como seu diretor-executivo o bilionário russo Dmitry Mazepin, que é pai de Nikita Mazepin, piloto da Haas desde 2021.

Por enquanto, ainda não está claro se o acordo foi rompido definitivamente ou se trata de uma ação pontual. Nas redes sociais da Haas, a marca do conglomerado também foi retirada.

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