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Wimbledon não dará pontos a jogadores se russos e belarussos forem excluídos

Com a decisão da ATP e da WTA, na prática, o Grand Slam passa a ser um torneio amistoso

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Paris | AFP

A ATP, que gerencia o circuito profissional masculino de tênis, anunciou nesta sexta-feira (20) que não distribuirá pontos no próximo torneio de Wimbledon se os jogadores russos e belarussos continuarem excluídos devido à invasão da Ucrânia.

"Se nada mudar, lamentaremos muito, mas não vemos outra possibilidade a não ser retirar os pontos ATP em Wimbledon para a edição 2022", informou a organização em comunicado.

Minutos depois, a WTA, associação do tênis feminino, também se manifestou na mesma linha.

Wimbledon anunciou no dia 20 de abril sua intenção de excluir os jogadores russos e belarussos da edição de 2022 - Glyn Kirk - 3.jul.18/AFP

"Devido à decisão de Wimbledon de não utilizar a classificação da WTA para decidir a participação e decidir um quadro parcial baseado no mérito, a WTA tomou a difícil decisão de não atribuir pontos em Wimbledon este ano", diz o comunicado da organização.

O Grand Slam sobre grama anunciou no dia 20 de abril sua intenção de excluir os jogadores russos e belarussos da edição de 2022, já que, "nas circunstâncias de uma agressão militar injustificada e sem precedentes, seria inaceitável o regime russo obter algum benefício da participação de jogadores russos e belarusso".

Wimbledon, que ocorre de 27 junho a 10 de julho, destacou que a exclusão, que foi criticada no mundo do tênis, pode ser revista "se as circunstâncias mudarem radicalmente até junho".

Após tomar conhecimento das decisões da ATP e da WTA, os organizadores do Grand Slam inglês consideraram a medida "desproporcional no contexto das circunstâncias excepcionais e extremas da situação".

Caso não conte pontos nos rankings da ATP e da WTA, Wimbledon passaria, em termos práticos, a ser um torneio amistoso em grande escala.

Os quatro Grand Slams do calendário do tênis (Aberto da Austrália, Roland Garros, Wimbledon e US Open) não dependem diretamente de ATP e WTA.

A ATP ressaltou que Wimbledon optou por seguir as "recomendações" do governo britânico, mas que não tinha a obrigação de fazer isso.

"Essas recomendações informais ofereciam uma alternativa que permitiria aos jogadores participar sob bandeira neutra depois de assinar uma declaração" contra a invasão à Ucrânia, algo que para a ATP teria sido mais aceitável.

O presidente da All England Club, Ian Hewitt, afirmou que esta opção representaria um risco para "os jogadores e suas famílias".

A Federação Internacional de Tênis (ITF) anunciou que também vai retirar os pontos de Wimbledon para os torneios da categoria junior e de tênis em cadeira de rodas.

"A posição da ITF continua sendo a de que os jogadores russos e belorussos devem ser autorizados a participar como atletas neutros", explicou a federação, que por sua vez vetou Rússia e Belarus de participar como países em suas competições por equipes nacionais.

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