Fifa chega a acordo e evita apagão da Copa do Mundo Feminina em países da Europa

Partidas da competição serão exibidas gratuitamente em 34 nações europeias

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São Paulo | AFP

A pouco mais de um mês do início da Copa do Mundo Feminina organizada por Austrália e Nova Zelândia, a Fifa e a European Broadcasting Union (EBU) chegaram a um acordo para transmitir o torneio abertamente em 34 países europeus.

Este acordo é uma extensão do alcançado por ambas as partes recentemente e que afetou 28 países, aos quais se juntam agora França, Alemanha, Itália, Espanha, Reino Unido e Ucrânia, o que garante "a mais ampla divulgação possível para o torneio", disse o presidente da Fifa, Gianni Infantino.

Com este acordo, "a EBU compromete-se a transmitir pelo menos uma hora de futebol feminino por semana tanto na sua plataforma digital como na sua rede de comunicação social", disse Infantino no comunicado.

"Isso proporcionará uma oportunidade de ouro para promover a disciplina e ganhar visibilidade, a principal prioridade para nós, de acordo com o compromisso da Fifa com o desenvolvimento de longo prazo do futebol feminino", acrescentou.

Eden Park, na Austrália, é um dos estádios da Copa do Mundo Feminina 2023
Eden Park, na Austrália, é um dos estádios da Copa do Mundo Feminina 2023 - Aaron Gillions - 4.nov.23/Reuters

A televisão pública espanhola (RTVE), que aderiu a este acordo, "transmitirá os 25 jogos principais do torneio, um por dia de competição, incluindo todos os jogos da seleção espanhola, o jogo de abertura, as semifinais e a final".

"Além disso, realizará ampla cobertura em televisão, rádio e mídia digital", acrescentou a RTVE, que "terá direitos exclusivos no território da Espanha para cobertura gratuita e aberta de televisão e rádio".

Haverá uma equipa de enviados especiais que cobrirá toda a competição nas diferentes plataformas da RTVE, com acompanhamento especial nos espaços de informação, acrescentou a televisão pública espanhola em comunicado ao tomar conhecimento do acordo entre a FIFA e a EBU.

Durante meses, Infantino e a Fifa lutaram com as principais emissoras europeias, que apresentaram propostas financeiras "inaceitáveis" para a Copa do Mundo feminina, "de 20 a 100 vezes menores do que as recebidas para a Copa masculina".

O dirigente ítalo-suíço denunciou que, enquanto as emissoras ofereciam "entre 100 e 200 milhões de dólares" para transmitir o Mundial masculino, as ofertas para o feminino eram de "um a 10 milhões de dólares", apesar de suas audiências representarem "cerca de 50 ou 60%" do torneio masculino.

Infantino chegou a ameaçar "não transmitir" a Copa do Mundo Feminina nos principais países europeus se as ofertas de suas emissoras continuassem sem satisfazer a Fifa.

As televisões europeias justificaram a sua posição com o fato de os jogos não serem vistos em "horário nobre" devido à diferença horária com a Oceânia, embora agora estimem que os jogos principais serão transmitidos a uma hora "razoável", no horário europeu manhã.

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