A seleção da Irlanda, certamente, deixou sua marca na história da Copa do Mundo feminina na Austrália e na Nova Zelândia ao marcar nesta quarta-feira (26) um gol olímpico contra o Canadá.
O golaço de McCabe, logo três minutos de jogo, quando ela fez uma cobrança alta, fechada e que encobriu a goleira Sheridan, no entanto, não foi suficiente para impedir o adeus precoce das irlandesas.
Com uma vitória de virada, por 2 a 1, as canadenses assumiram a liderança do Grupo B e ainda acabaram com as chances da Irlanda de avançar ao mata-mata.
Depois de estrear com um empate diante da Nigéria, o Canadá chegou agora aos quatro pontos, enquanto a Irlanda ainda não pontuou na competição —na estreia, foi derrotada pela Austrália, que soma três e está na segunda posição do grupo. As australianas ainda vão jogar nesta segunda rodada contra a Nigéria.
Desta vez forma, na última rodada, a Irlanda só poderá chegar, no máximo, a três pontos. Depois do duelo entre australianas e nigerianas nesta quinta-feira (27), porém, inevitavelmente, duas seleções da chave terão, no mínimo, quatro pontos.
Para assumir a liderança, o Canadá contou com gols de Megan Connolly (contra), nos acréscimo da etapa inicial, e Adriana Leon, aos 8 do segundo tempo.
Feito raro
Depois da partida, as jogadoras da Irlanda deixaram o gramado com os olhos marejados. A sensação era de que, para elas, era possível vencer a partida e se manterem vivas na competição.
A frustração, no entanto, poderá ser aplacada pelo fato de a equipe ter entrado para a história das Copas como apenas a segunda seleção feminina a fazer um gol olímpico em Mundiais.
Nas oitavas de final da Copa do Mundo de 2019, disputada na França, a australiana Elise Kellond-Knight também cobrou escanteio diretamente para o gol no duelo contra a Noruega.
O lance decretou o empate por 1 a 1 no tempo regulamentar, que arrastou a decisão para a prorrogação. Nos pênaltis, as norueguesas avançaram.
Já o primeiro e até hoje único gol olímpico em Copas do Mundo masculina de que se tem registro foi marcado em 1962 pelo colombiano Marcos Coll no empate por 4 a 4 com a União Soviética.
O resultado garantiu o ponto solitário da Colômbia, eliminada na primeira fase, com despedida em derrota por 5 a 0 para a Iugoslávia. Os soviéticos avançaram e caíram nas quartas de final, 2 a 1 para o anfitrião Chile.
Gols em cobranças de escanteio direto são chamados de gols olímpicos desde que o argentino Onzari marcou dessa maneira em vitória de sua seleção sobre o Uruguai, campeão olímpico e até hoje conhecido como a Celeste Olímpica, em amistoso de 1924.
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