A estreia do Haiti em uma partida da Copa do Mundo feminina neste sábado (22) pode ter "um impacto muito grande" em um país que "está sofrendo", disse a capitã Nerilia Mondesir antes do primeiro jogo contra a Inglaterra, atual campeã europeia.
Além da escassez de recursos e reconhecimento que a maioria das equipes femininas compartilha, as haitianas também tiveram que superar os múltiplos desafios do país caribenho, o mais pobre das Américas e atingido por crises políticas, humanitárias, econômicas e de saúde.
Por isso, Mondesir considera que as conquistas que alcançarem no Mundial na Austrália e Nova Zelândia vão transcender o esporte.
"Acho que podemos ter um impacto muito grande", disse em entrevista coletiva em Brisbane (Austrália). "Tentamos ajudar as pessoas a pensar em algo além de todos os problemas que temos no país".
As dificuldades fizeram com que a seleção haitiana treinasse e jogasse na vizinha República Dominicana.
A equipe foi sorteada no Grupo D com China, Dinamarca e Inglaterra e será uma surpresa se passar dessa fase.
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