Descrição de chapéu Copa São Paulo

Timãozinho dá Copinha à Fiel e a faz esboçar sorriso outra vez

Equipe de juniores alcança o que a profissional não consegue desde 2019 e ergue troféu em Itaquera

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São Paulo

Nenhum torcedor parece apreciar tanto a Copa São Paulo de juniores quanto o do Corinthians, que voltou a celebrar o título da tradicional competição de base. Com uma vitória por 1 a 0 sobre o Cruzeiro, na Neo Química Arena, na tarde de quinta-feira (25), o time alvinegro levantou novamente a taça do torneio, repetindo triunfo que já alcançara em dez ocasiões.

Um dos destaques do Corinthians no torneio, o atacante Kayke foi o responsável por fazer, aos 39 minutos do segundo tempo, o golaço que definiu o campeão, após receber na entrada da área, dar um drible curto para se livrar do adversário e acertar um potente chute no ângulo esquerdo do goleiro Otávio.

"Não tenho palavras para explicar o momento que estou vivendo", afirmou o jogador à TV Globo após a decisão. "Quero agradecer toda minha família, que sempre esteve comigo, só a gente sabe o que eu passei para estar aqui hoje", acrescentou o atacante natural de Guarulhos, que marcou três gols na competição e foi o líder em assistências na competição com seis passes para gol.

Kayke, do Corinthians e Jhosefer, do Cruzeiro durante final da Copa São Paulo de futebol na Neo Química Arena, em São Paulo - Zimel Press

Os 43.495 torcedores que foram à arena da zona leste no aniversário de 470 anos da cidade de São Paulo viram um jogo duro. O gol só veio depois de o time paulista se ver pressionado pelo visitante na maior parte do jogo, em especial no segundo tempo, quando a equipe mineira chegou algumas vezes com perigo ao gol de Felipe Longo, principalmente com os atacantes Arthur e Jhosefer. Na melhor chance do Corinthians, contudo, o camisa 11 de 19 anos foi certeiro e garantiu a taça aos donos da casa.

O clube paulista foi coroado pela primeira vez no campo de Itaquera. Hoje batizado comercialmente com o nome de uma empresa farmacêutica, o local recebeu a final porque o Pacaembu, habitual palco do jogo decisivo, está em obras desde o segundo semestre de 2021.

Cedido à iniciativa privada, o estádio outrora municipal tinha reabertura prevista para o fim de 2023. A ideia era que a Copinha tivesse seu duelo derradeiro da edição de 2024 no remodelado espaço, na zona oeste paulistana, porém houve sucessivos atrasos, e a FPF (Federação Paulista de Futebol), organizadora do campeonato, foi obrigada a mudar os planos. Com o Corinthians brigando pelo título, Itaquera se tornou a escolha natural.

Derrotado nas duas oportunidades anteriores em que disputou a final em seu próprio estádio —em 1973, pelo Fluminense, e em 1976, pelo Atlético-MG, na Fazendinha, também na zona leste–, o Corinthians se saiu de maneira melhor na terceira tentativa. Dirigido por Danilo, multicampeão como jogador do clube na década passada, mostrou força após momentos de dificuldade.

Questionado por derrotas duras em 2023 e desfalcado de jogadores promovidos ao grupo profissional, o Timãozinho, como é chamado o time sub-20 alvinegro, esteve perto da eliminação na segunda fase. Precisou dos pênaltis para superar o Guarani, antes de engrenar bons jogos —superou na sequência Atlético-GO (4 x 1), CRB (6 x 0), América-MG (2 x 0) e Novorizontino (3 x 0)— e chegar embalado à decisão.

Com a vitória na final, o Corinthians encerrou a participação na Copinha com uma campanha invicta. O time teve sete vitórias e dois empates, com 25 gols marcados e apenas três sofridos.

O resultado fez a Fiel sorrir, com a conquista de um torneio que tanto aprecia. O time masculino não tem sido capaz de proporcionar a mesma alegria e não conquista um título desde o Campeonato Paulista de 2019. Só a formação feminina, campeã de quase tudo nos últimos anos, e a equipe de futsal, campeã brasileira de 2022, renderam troféus recentes.

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