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'Jogadores sabem que não podem apostar', diz presidente da Fifa

Gianni Infantino afirma que entidade é intransigente nesses casos, mas evita citar Paquetá

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Paris

Um dia depois de ter assistido à abertura da Eurocopa, a vitória por 5 a 1 da Alemanha sobre a Escócia, em Munique, diante de 65.052 pessoas, o presidente da Fifa (Federação Internacional de Futebol), Gianni Infantino, estava em Paris para a inauguração do pequenino Stade Pelé, com capacidade para 995 pessoas. A homenagem a Pelé foi uma decisão da prefeitura e do clube que utiliza o estádio, o Paris 13 Atletico, que subiu para a terceira divisão francesa.

Infantino conversou com a Folha antes do evento. O suíço foi cauteloso ao falar do caso do brasileiro Lucas Paquetá, que é investigado na Inglaterra por suposta participação em esquema ilegal de apostas –acusado de forçar cartões amarelos, ele nega. O dirigente defendeu, porém, punições a atletas que apostam.

Gianni ainda minimizou os rumores de que o Real Madrid pretende boicotar a nova Copa do Mundo de Clubes, cuja primeira edição está prevista para o ano que vem, nos Estados Unidos.

Gianni Infantino, presidente da Fifa, é cercado por crianças na inauguração do Stade Pelé, em Paris
Gianni Infantino, presidente da Fifa, na abertura do Stade Pelé - André Fontenelle/Folhapress

Qual a importância de homenagear Pelé?
Pelé é Pelé. Ele é eterno, com seu sorriso contagiante. Ele é o futebol. Quando se fala em Pelé, fala-se em futebol, então é preciso que a Fifa esteja aqui, e seu presidente, também.

Como está a organização do novo Mundial de Clubes? O técnico do Real Madrid, Carlo Ancelotti, chegou a dizer que o Real Madrid não deveria participar.
Não, primeiro que ele não disse isso. O próprio Real Madrid corrigiu. Aliás, hoje falta exatamente um ano para a abertura da nova Copa do Mundo de Clubes nos Estados Unidos. São 32 clubes, os melhores do mundo inteiro: equipes brasileiras, argentinas, europeias, africanas, asiáticas, até da Nova Zelândia. Vamos coroar o verdadeiro campeão do mundo. O futebol, que aliás nasceu aqui em Paris [a Fifa, na verdade, nasceu em Paris, não o próprio futebol], está unido no mundo inteiro. Por isso estamos aqui.

Sobre investigações envolvendo apostas esportivas, como o caso de Lucas Paquetá, o que a Fifa acha que deve ser feito?
É preciso, evidentemente, monitorar tudo o que acontece em torno das apostas esportivas. Os jogadores sabem que não podem apostar, evidentemente. Controlamos, verificamos. Quando há alguma coisa que acontece, é claro que é investigado, e são tomadas medidas e decisões. Levamos muito a sério e somos intransigentes no que diz respeito às apostas e ao futebol. Em todos os níveis, aliás: não só no topo do futebol profissional, em todos os níveis. É preciso vigiar de perto.

Sem falar de casos específicos, o senhor acredita que um jogador considerado culpado deve ser severamente punido?
Ouça, se alguém cometeu um ato que vai contra os regulamentos esportivos, é evidente que deve haver sanções. Agora, cada situação é diferente. Cada situação deve ser analisada e julgada de acordo.

Paquetá é acusado de ter forçado cartões amarelos - Thilo Schmuelgen - 11.abr.24/Reuters
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