Descrição de chapéu Olimpíadas 2024

Arenas incluem pipoca doce e busca por copos colecionáveis

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Paris

Paris é naturalmente uma cidade cara. Agora, mais cara. E comer nas arenas olímpicas é uma modalidade que pode ser custosa.

No país conhecido por sua gastronomia, a comida das arenas não é exatamente igual. No Stade de France tem baguete com presunto e queijo; em Roland Garros, saladas; no estádio de Bordeaux, cheeseburger; no Parc des Princes, pretzel; na Place de la Concorde, falafel. Em todos, pipoca doce.

Mas vamos por parte.

Nos grandes estádios, como os que recebem as partidas de futebol, são muitos pontos de venda, espalhados em vários setores. Ainda assim, as filas são inevitáveis. Principalmente antes do pontapé inicial e logo no início do intervalo. Para escapar de muita espera, é preciso contornar esses horários.

As batatinhas fritas —que não são chamadas de "french fries" por acaso— estão lá, em porções por 5 euros (cerca de R$ 30,56). Se quiser incluir o gostoso porém melequento cheddar, é só desembolsar mais um eurinho (não esqueça o guardanapo).

A imagem mostra um quiosque de praia com uma fila de pessoas esperando para ser atendidas. O quiosque é de madeira e possui uma placa na parte superior com o texto 'LE BRASSAGE POUR AMBIANCEURS'. Algumas pessoas estão usando chapéus e roupas de verão, enquanto outras seguram guarda-sóis. O ambiente é ensolarado e há uma atmosfera de lazer.
Venda de comidas e bebidas para torcedores na ponte Alexandre III, um dos cenários dos Jogos de Paris - Mathilde Missioneiro/Folhapress

No Stade de France, casa do rúgbi 7 e do atletismo, era possível comprar um sanduíche simples na minibaguete, com presunto e queijo (7 euros / R$ 42,79). Mas a mesma combinação, com um pão mais macio, em Roland Garros, era melhor. Tudo em Roland Garros é melhor. Ulalá.

Com sessões de cinco horas, muitas vezes em altas temperaturas, o templo do tênis oferece do lanche ao pequeno almoço para quem pode passar horas e horas nas arquibancadas. Mas nada que faça barulho, para não atrapalhar o jogo —daí o pão macio, sem crocância.

O complexo serve saladas, com arroz, legumes e queijo feta; ou com courgette (abobrinha), tomates e queijo grana padano, ambas por 9 euros (R$ 55), em embalagens de plástico com talheres descartáveis.

Já no estádio de Bordeaux, que recebe partidas de futebol, o estande vendia o tradicional cheeseburger, por 8 euros (R$ 48,90).

Em qualquer arena é possível ver alguém passando com um pacote de pipoca, mas é doce (não tem salgada), vendida por 6 euros (R$ 36,68) —macaron ou éclair, que é bom, nada; mas também tem cookies, ampliando as opções dos doçólatras.

O lanche mais caro encontrado foi o falafel, em opções veganas, no Parque Urbano da Place de la Concorde, por 12 euros (R$ 73,36).

Nas bebidas, o destaque é o copo

Se há variedades de um lugar para outro nas comidas, a parte de bebes se repete em praticamente todas as arenas, provavelmente por conta de patrocinadores.

Não pode entrar na arena com a garrafa de Coca-Cola, ela é confiscada. Mas o mesmo refrigerante pode ser comprado assim que você adentra o estádio ou ginásio, por um valor mais salgado (ao contrário da pipoca, que é doce).

Um copo de refrigerante custava 5 euros, com 400 ml, em praticamente todas as arenas (0,50 centavos mais barato na Place de la Concorde). Ao valor era acrescido 2 euros (R$ 12,22) em consignação, pelo copo de plástico resistente, que podia ser devolvido depois. Ninguém devolve.

É no copo que mora o perigo do consumo. Patrocinadora do evento, a Coca-Cola criou artes com o desenho dos pictogramas das modalidades olímpicas e paralímpicas, tornando os copos um produto colecionável.

É comum ver nas arenas pessoas andando com quatro, cinco copos na mão —justamente no país que tenta combater o consumo excessivo de refrigerante. Alguns são abordados para possíveis trocas, como se fossem figurinhas de um álbum.

Há também duas opções de cervejas sem álcool, ambas populares na França: a 1664 (8 euros), marca mais vendida no país, e a Tourtel Twist (5,50 euros), uma mistura de cerveja com suco de limão.

Já a Corona Cero, patrocinadora oficial das Olimpíadas, é mais difícil de encontrar. Tinha em Roland Garros, por 9 euros, com 330 ml. Nos estádios maiores ou na Place de la Concorde, não.

Ah, e em Roland Garros, sempre ele, também se encontra carrinhos de picolés e de café, da Costa Coffee. Com o forte calor, os consumidores preferiam pedir um latte glacé, o iced latte —café com leite e gelo, no popular—, por 5,50 euros (R$ 33,62). Bon appétit.

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