Descrição de chapéu Olimpíadas 2024

Bispo de Paris diz esperar que cerimônia de encerramento das Olimpíadas seja 'menos ofensiva'

Diretor da festa deste domingo será o mesmo da abertura que irritou católicos

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Paris

O bispo auxiliar de Paris, Philippe Marsset, disse à Folha esperar que a cerimônia de encerramento dos Jogos, neste domingo (11), no Stade de France, seja "um pouco menos ofensiva" que a de abertura.

A festa inaugural dos Jogos, em 26 de julho, realizada em uma extensa área ao longo do rio Sena, causou polêmica devido a ousadias do responsável pelo espetáculo, o diretor de teatro Thomas Jolly. Uma das maiores controvérsias foi uma suposta paródia da Santa Ceia, com a presença de drag queens, que irritou muitos católicos.

"Acho que Thomas Jolly é um homem de boa fé. Espero que ele tenha compreendido o que suas equipes provocaram. Talvez não tenha sido ele que fez. E que a cerimônia de encerramento seja um pouco menos ofensiva para aqueles que não pensam como ele", disse monsenhor Marsset durante evento ecumênico organizado pelo COI (Comitê Olímpico Internacional) em frente à catedral de Notre-Dame, na semana passada.

A imagem é dividida em duas partes. A parte superior mostra um grupo de pessoas vestidas de forma extravagante, incluindo drag queens, em um ambiente ao ar livre com luzes penduradas, em frente a um rio e a Torre Eiffel ao fundo. A parte inferior apresenta a famosa pintura 'A Última Ceia', de Leonardo da Vinci, que retrata Jesus e seus apóstolos em uma mesa, com uma atmosfera mais tradicional e religiosa.
Encenação nos Jogos de Paris que, segundo alguns críticos, fez alusão à pintura A Última Ceia (imagem abaixo); segundo organizadores, objetivo nunca foi fazer essa referência - Reprodução/X

Jolly também será responsável pelo show de encerramento.

Diante da polêmica, o diretor francês disse que não teve a intenção de ofender ninguém, apenas de celebrar a diversidade. A representação não seria uma referência à última ceia de Cristo, e sim uma alusão à mitologia grega.

O presidente do COI, o alemão Thomas Bach, minimizou a polêmica em entrevista coletiva na sexta (9). "Não dá para ter ambos: um espetáculo dessa relevância, e esperar que ninguém tenha nada a comentar. Encaramos isso como um sinal da relevância política dos Jogos."

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