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Sem querer, Maradona entra em briga política entre Venezuela e Colômbia e apoia Chávez
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DE SÃO PAULO
Atualizado às 16h45.
Ainda não se sabe se Diego Armando Maradona tinha conhecimento dos planos de Hugo Chávez, mas o ex-jogador argentino acabou aparecendo no meio de um novo capítulo da briga política entre Venezuela e Colômbia.
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Fernando Llano/AP |
Maradona escuta o presidente venezuelano Hugo Chávez no Palácio Miraflores, em Caracas |
Nesta quinta-feira, o presidente da Venezuela, Hugo Chávez, rompeu as relações com a Colômbia diante das acusações de que o país abriga acampamentos de guerrilheiros colombianos.
A Venezuela já "congelara" no ano passado todas as relações diplomáticas e comerciais com a Colômbia, em protesto contra um acordo militar entre Bogotá e Washington, que Chávez vê como uma ameaça à sua soberania.
Maradona garantiu ao chegar em Caracas que sua visita era apenas para um projeto pessoal e para rever o presidente da Venezuela.
"Vou dar um cumprimento em Chávez", afirmou Maradona, que mantém amizade não só com o venezuelano mas também o ex-líder cubano Fidel Castro. Mais tarde, após o evento em que Chávez rompeu com a Colômbia, o ex-atleta mostrou sua parcialidade.
Maradona, que afirmou ir "até a morte" com Chávez, perguntou a Chávez se o presidente eleito colombiano, Juan Manuel Santos, vai seguir o mesmo caminho do atual, Álvaro Uribe.
"Presidente (Chávez), Santos não é do caminho de Uribe? Porque eu também quero saber", perguntou Maradona.
No encontro, Maradona disse que era "um orgulho" para ele poder estar ao lado do líder do chamado 'socialismo do século XXI' porque "lutou pelo povo, por seu país e por seus ideais".
FUTEBOL
O argentino afirmou ainda que deve responder apenas na semana que vem se continuará no cargo da seleção de seu país. Desde a eliminação da equipe diante da Alemanha, nas quartas de final da Copa do Mundo na África do Sul, o mistério sobre quem será o treinador da Argentina permanece.
Jorge Silva/Reuters |
O argentino Maradona abraça Chávez durante evento |
Maradona garantiu que não vai assumir o comando da seleção venezuelana, que hoje está com César Farías.
"Todo isso é falso. César Farías é um grande técnico e mostrou isso à frente da Venezuela. Eu só vim me encontrar com o presidente Chávez", disse Maradona em entrevista ao canal esportivo "Meridiano Televisión".
O ex-jogador apareceu de surpresa na localidade litorânea de Guaira, onde acontece um quadrangular amistoso de basquete com participação da seleção da Argentina.
Maradona disse que o futebol venezuelano cresceu muito nos últimos anos. "É outra coisa, já é respeitado. Por isso têm um técnico como Farías, que segue demonstrando que sabe trabalhar", disse.
Farías renovou seu contrato com a Federação Venezuelana de Futebol (FVF) até 2014, segundo o presidente da entidade, Rafael Esquivel.
Maradona informou que também será orador em uma conferência com treinadores de várias modalidades.
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