Educação financeira não faz parte do currículo da maioria das escolas, assim como falar sobre dinheiro ainda é um tabu na sociedade. Para trazer mais familiaridade com a pauta econômica, foi lançado nesta semana o jornal Tino Econômico, o primeiro de finanças voltado ao público jovem no país.
O jornal é produzido pela editora Magia de Ler, especializada em jornalismo infantojuvenil e que desde 2011 publica o Joca, com assuntos da atualidade que instigam o pensamento crítico nos pequenos.
A fundadora da Magia de Ler e diretora-executiva do Joca, Stéphanie Habrich, diz que idealizou o jornal econômico.
"Nossa intenção é expandir o conhecimento dos jovens, que muitas vezes restringem a leitura a temas que já são conhecidos e fazem parte de seu cotidiano", afirma.
O Tino Econômico terá oito páginas, no tom rosado, inspirado em publicações internacionais como o Financial Times. Os textos das reportagens, entrevistas e curiosidades serão desenvolvidos em uma linguagem apropriada para a faixa etária. Gráficos e infográficos facilitarão o entendimento do conteúdo.
DISTRIBUIÇÃO GRATUITA
O jornal terá impressão mensal, com notícias diárias e acesso irrestrito. "Nos primeiros seis meses, o TINO será distribuído gratuitamente em escolas públicas e privadas com o apoio do Instituto XP. Pessoas fora da escola que queiram ler o jornal, podem pedir seu exemplar a partir do site do veículo", diz Habrich. Além dos assinantes, as escolas públicas e privadas também vão receber os exemplares.
A ideia é que o jornal sirva de apoio às aulas em escolas públicas e privadas. "O Tino Econômico vai ser uma importante ferramenta para a formação de jovens bem informados e com senso crítico para entender o que acontece no Brasil e no mundo", afirma a editora do Tino, Silvia Balieiro.
A head de impacto social da XP, Marcella Coelho, diz que a ideia do jornal é que os jovens tenham uma relação mais saudável com o dinheiro desde cedo.
"A sociedade é muito focada no ter. Faz parte da juventude esse sentimento de que é preciso ‘ter’ para pertencer. Mas vivemos em um país desigual, com grande vulnerabilidade social, e a educação financeira é importante para preparar esse jovem para um consumo mais consciente."
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