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Mães são as que mais orientam filhos sobre sexualidade, diz estudo

Segundo pesquisa com 2.000 brasileiros, maioria aprendeu sobre contracepção e doenças, mas só 16%, sobre prevenção à violência sexual

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São Paulo

Falar sobre sexo com os filhos deixou de ser tabu para muitas famílias, mas, assim como outras responsabilidades parentais, é a mãe a maior responsável por dar essa orientação. Segundo uma pesquisa online respondida por 2.000 adultos de todas as regiões do Brasil, 64% dos que receberam educação sexual de familiares disseram ter tido esse diálogo com a mãe —mais do que o dobro dos que citaram o pai (27%).

O levantamento, realizado pela empresa de pesquisa digital MindMiners com homens e mulheres das classes A, B e C, analisou opiniões sobre diferentes aspectos da sexualidade, inclusive os educacionais.

No caso das filhas mulheres, é ainda maior a proporção das que foram orientadas pela mãe: 71%, contra 55% dos entrevistados do sexo masculino. Só 8% delas disseram que o primeiro diálogo sobre o assunto foi com o pai.

Além disso, a comparação das respostas de entrevistados de diferentes faixas etárias mostra que a iniciativa das mães de educar sobre o tema vem crescendo, enquanto a participação dos pais se manteve constante ao longo das gerações.

Apesar de 69% terem dito que a educação sexual deve ser uma responsabilidade dos pais, menos de um terço deles obtiveram as primeiras informações com familiares (27%); 30% citaram amigos, 30% a escola, 26%, a internet e 17%, namorados e cônjuges.

Foco em doenças e contracepção

Os assuntos mais abordados nessa conversa inicial foram métodos contraceptivos (42%), infecções sexualmente transmissíveis (37%), gravidez (34%) e acontecimentos da puberdade (34%).

Só 16% disseram ter sido orientados sobre prevenção ao abuso sexual –informação apontada por especialistas como crucial para evitar esse tipo de violência.

Ainda de acordo com o estudo, mulheres foram mais orientadas sobre gravidez, enquanto meninos receberam mais informações sobre masturbação.

Também houve diferença entre as classes sociais: os mais ricos aprenderam mais sobre sistema reprodutor, enquanto os da classe C citaram com mais frequência as temáticas contracepção e sexo heterossexual.

Quando precisam buscar informações sobre sexualidade, a maioria recorre a sites na internet (56%), 31% perguntam para médicos, 30% consultam livros e 26%, redes sociais. Só 13% recorrem à escola.

Outra pergunta foi sobre com quais pessoas os entrevistados se sentiam mais confortáveis para falar de sexo: 44% citaram parceiros, 37%, amigos, 24%, médicos e 17%, familiares.

A causa 'Da Repressão à Prevenção da Violência Sexual contra Crianças e Adolescentes' tem o apoio do Instituto Liberta, parceiro da plataforma Social+.


Materiais que ajudam a conversar sobre sexualidade saudável e prevenção à violência com crianças e adolescentes:

Fontes: Childhood, Instituto Liberta, Safernet

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