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No Dia da Mata Atlântica, conheça dicas de passeios pela floresta

Parques nacionais, cânions, trilhas e museus são opções de turismo dentro do bioma

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São Paulo (SP)

"As pessoas precisam entender a importância da mata atlântica com o coração, e não com o cérebro", afirma Chico Schnoor, coordenador geral do Caminho da Mata Atlântica, trilha de mais de 4.000 km que cruza a Serra do Mar, ligando o Rio de Janeiro ao Rio Grande do Sul.

O trajeto, que passa por por cinco estados brasileiros, 132 municípios e mais de 130 unidades de conservação, tem o propósito de fortalecer o ecoturismo e engajar a sociedade na proteção do bioma mais devastado do país.

"Você só sente uma conexão real com a natureza quando está dentro na mata, observando a floresta ao seu redor enquanto descansa, tomando um banho de cachoeira ou assistindo ao pôr do sol", diz Schnoor.

Veja, a seguir, dicas de passeios recomendados pelo Caminho da Mata Atlântica, pela Fundação SOS Mata Atlântica e pela plataforma de turismo Civitatis.

Floresta Nacional de Ipanema (SP)

Localizada a 120 km da capital paulista, a Floresta Nacional de Ipanema é uma unidade de conservação administrada pelo ICMBio (Instituto Chico Mendes de Biodiversidade), que abrange os municípios de Iperó, Araçoiaba da Serra e Capela do Alto.

Pode-se visitar prédios históricos e sítios arqueológicos na região, além de fazer trilhas, caminhadas e escaladas. Há três opções de percursos: a Trilha das Cigarras (2,5 km), a Trilha Afonso Sardinha (1,6 km) e a Trilha Pedra Santa (6 km). Nos dois últimos trajetos, é obrigatório o acompanhamento de um condutor autorizado.

Na Trilha Afonso Sardinha, turistas se deparam com ruínas da Real Fábrica de Ferro São João de Ipanema, considerada berço da siderurgia no Brasil. Além disso, como a floresta está inserida em zona de transição entre a mata atlântica e o cerrado, é possível observar ambos os biomas na região.

Construções da Fábrica de Ferro São João de Ipanema, berço da siderurgia no Brasil. Fundada por Dom João 6º, foi a única indústria desse ramo que funcionou praticamente de modo ininterrupto no século 19 - Karime Xavier/Folhapress

Parque Nacional da Serra da Bocaina (divisa entre SP e RJ)

Com praias, rios, cachoeiras, picos e mirantes, o Parque Nacional da Serra da Bocaina está localizado na Serra do Mar, na divisa entre Rio de Janeiro e São Paulo.

Seus principais atrativos turísticos são o Caminho de Mambucaba (ou Trilha do Ouro), as cachoeiras de Santo Isidro, das Posses e do Veado, a Pedra do Frade, a Pedra da Macela e a Praia do Caixa D’Aço.

Outros pontos turísticos importantes são a Cachoeira da Melancia e a Praia do Meio, ambas em Paraty (RJ). Durante o passeio pela região, turistas também têm contato com o artesanato e a culinária das populações caiçaras.

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Parque Nacional da Serra da Bocaina e baía da Ilha Grande vistas da Pedra da Macela, montanha situada na Serra do Mar, exatamente na divisa entre os estados de São Paulo e Rio de Janeiro - Rubens Chaves/Folhapress

Instituto Inhotim (MG)

O Instituto Inhotim, localizado em Brumadinho, na Grande Belo Horizonte, é um dos maiores museus a céu aberto do mundo, com centenas de obras de mais de 60 artistas, de quase 40 países.

O museu fica inserido em uma região de transição entre mata atlântica e cerrado. São 140 hectares de área de visitação, onde arte e natureza se misturam.

Vista de prédio do Instituto Inhotim, que é um dos mais importantes acervos de arte contemporânea do Brasil - Eduardo Anizelli/Folhapress

Parque Nacional do Itatiaia (MG e RJ)

Primeiro parque nacional criado no Brasil, o parque localizado na Serra da Mantiqueira se estende pelos municípios de Itatiaia e Resende, no Rio de Janeiro, e Bocaina de Minas e Itamonte, em Minas Gerais. O parque tem como principal atração o Pico das Agulhas Negras, quinto ponto mais alto do país.

São mais de 120 km de trilhas, incluindo trajetos acessíveis para pessoas com deficiência, na parte baixa do parque. Para ter contato com as comunidades locais, que trabalham com artesanato, confecção de roupas e gastronomia típica, é preciso ir até a parte alta.

Outras atividades buscadas no local são ciclismo, escalada, acampamento e observação de animais.

O Parque Nacional do Itatiaia é o mais antigo do país. Na foto, paisagem na trilha para o Pico das Agulhas Negras - Mathilde Missioneiro/Folhapress

Estrada Velha de Santos

A trilha pela Estrada Velha de Santos, no Parque Estadual Serra do Mar, tem 9 km de extensão e é feita a pé. O roteiro de visitação passa por trecho de serra, na divisa entre os municípios de São Bernardo do Campo e Cubatão. Além de monumentos e locais históricos, o caminho tem vistas panorâmicas do litoral e da mata atlântica.

Vista para a refinaria Presidente Bernardes, no final do passeio no Caminho da Serra do Mar - Eduardo Knapp/Folhapress

Cânion Itaimbezinho (divisa entre RS e SC)

O cânion Itaimbezinho está localizado no Parque Nacional de Aparados da Serra, na divisa entre Rio Grande do Sul e Santa Catarina.

Durante o passeio, é possível visitar os mirantes das trilhas do Vértice e do Cotovelo para contemplar o cânion de quase 6 km de extensão e 700 metros de profundidade. O local é repleto de paredões verticais, riachos e cachoeiras.

Cânion Itaimbezinho, um dos mais verticais do do país, que passou a ter ingresso cobrado após concessão do parque federal - Luciano Nagel/Folhapress

Parque Nacional do Iguaçu (PR)

Nomeado em homenagem ao rio Iguaçu, que banha o estado do Paraná, o Parque Nacional do Iguaçu fica na fronteira entre Brasil e Argentina. Pelo território, passam diversos outros rios, que, juntos, formam as Cataratas do Iguaçu, cartão postal de ambos os países e uma das sete maravilhas naturais do mundo.

Uma das principais atrações do local é a Garganta do Diabo, a maior das 275 quedas d’água das Cataratas do Iguaçu. A Trilha das Cataratas oferece visão privilegiada do cenário.

Para turistas aventureiros, o Caminho do Poço Preto é uma boa opção. A trilha de 9 km pode ser percorrida a pé, de bicicleta ou de jipe.

rio com imensa queda de água
As Cataratas do Iguaçu são formadas pelas quedas do rio Iguaçu - Folhapress

Caminho da Mata Atlântica

Maior trilha em floresta no Brasil, o Caminho da Mata Atlântica se estende do Parque Estadual do Desengano, no Rio de Janeiro, até os cânions do Parque Nacional dos Aparados da Serra, no Rio Grande do Sul. O trajeto tem 4.000 km ao todo, mas viajantes podem escolher qual trecho percorrer.

O trecho engloba áreas protegidas, incluindo terras indígenas, e trilhas históricas, como o Caminho do Itupava, os Caminhos do Mar e a travessia Petrópolis-Teresópolis. Montanhas e praias também compõem o cenário da trilha.

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O Caminho da Mata Atlântica une trilhas históricas, como a dos Caminhos do Mar, no estado de São Paulo - Folhapress

Além de ser uma trilha, o Caminho da Mata Atlântica é um projeto que visa restaurar 250 hectares do bioma, de modo a formar um grande grande corredor florestal entre Rio de Janeiro, São Paulo, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul.

A causa "Mata Atlântica: Regenerar e Preservar" tem o apoio da Fundação SOS Mata Atlântica

Erramos: o texto foi alterado

O Parque Nacional do Itatiaia se estende pelos municípios de Bocaina de Minas e Itamonte, em Minas Gerais, além de Itatiaia e Resende, no Rio de Janeiro, que foram os únicos citados na primeira versão do texto

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