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16/01/2009 - 20h01

Ciclistas plantam árvore na Paulista para homenagear colega atropelada

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da Folha Online

Ciclistas realizam na noite desta sexta-feira um novo ato na avenida Paulista (região central de São Paulo) para homenagear a colega Márcia Regina de Andrade Prado, que morreu atropelada na última quarta (14) na avenida Paulista. O grupo plantou uma pitangueira na praça do Ciclista, nas proximidades da rua da Consolação.

A árvore foi doada para a homenagem pelo secretário municipal do Verde e Meio Ambiente, Eduardo Jorge.
Ainda na noite desta sexta, o grupo seguirá até o local onde Márcia foi atingida por um ônibus, perto da alameda Campinas. Cerca de dez policiais acompanharão o trajeto.

Fernando Donasci - 15.jan.2009/Folha Imagem
Ciclistas fazem homenagem a mulher que morreu atropelada quarta-feira por um ônibus; família doou corpo para faculdade de SP
Ciclistas fazem homenagem a mulher que morreu atropelada quarta-feira por um ônibus; família doou corpo para faculdade de SP

Em um canteiro na altura do local onde ocorreu o acidente, eles prometem fixar uma bicicleta em uma espécie de memorial. Os ciclistas afirmam ter pedido ao secretário autorização para deixar a bicicleta no local, mas ainda não teriam recebido resposta da subprefeitura.

Os participantes da manifestação recebem rosas brancas. Até por volta das 19h45, o grupo permanecia na praça do Ciclista.

Márcia era ativista no uso de bicicletas como forma de melhorar o trânsito e a qualidade do ar da cidade. Outros atos em memória da ciclista foram realizados ontem e na noite de quarta-feira, dia do acidente.

Protesto

Na noite de quinta (15), cerca de 150 pessoas participaram do ato. Na ocasião, ciclistas protestaram contra o que chamam de "falta de respeito diário" a que as pessoas que andam de bicicleta são submetidas na cidade.

"Todos sofremos com violência no trânsito. Falta conscientização, falta respeito. Os motoristas nem sequer sabem que devem manter distância de 1,5 metro dos ciclistas nas ruas", disse Sílvio (que preferiu não revelar seu sobrenome), 30, matemático.

Para André Pasqualini, que organiza as "bicicletadas" na cidade, além da falta de conhecimento sobre as leis que protegem os ciclistas, a impunidade pelas mortes no trânsito piora o quadro da violência nas ruas.

De acordo com o último levantamento disponível da CET (Companhia de Engenharia de Tráfego), em 2006, 85 ciclistas morreram no trânsito em São Paulo.

Doação

Também na quinta, a família da ciclista doou o corpo para a Escola Paulista de Medicina de São Paulo.

"Esse era o desejo da Márcia, ou doar os órgãos para alguém ou para uma faculdade. Como demoraram 'à beça' para retirar o corpo [da avenida], tivemos de doar para a faculdade", disse a aposentada Maria Regina de Andrade, 65, mãe da vítima.

O corpo de Márcia levou quatro horas para ser retirado da avenida Paulista por um carro do IML (Instituto Médico Legal). A mãe da ciclista também enfrentou a demora para liberar o corpo da filha no IML para a doação.

Para a assessoria da SSP (Secretaria de Segurança Pública), a remoção do corpo está dentro dos padrões. A média é de três horas a partir do atendimento das polícias Militar, Civil e Científica até a chegada do IML --cuja unidade central fica a 2 km.

 

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