Fechamento
de postos no comércio não é sazonal
Alexandre
Le Voci Sayad
Equipe GD
O nível de emprego
no comércio em março caiu em nove das dez atividades pesquisadas
em relação ao mesmo período do ano anterior, segundo a Pesquisa
Mensal de Comércio do IBGE.
Para Fábio Pina, economista da Federação e Centro do Comércio do
Estado de São Paulo (FCESP), esse comportamento não se deve a um
fator sazonal, mas a uma causa diferente em cada atividade.
O setor de combustíveis e lubrificantes automotivos foi exceção,
crescendo 1,8%. Essa alta acompanha um reflexo de recuperação de
1,3% do comércio de veículos em São Paulo, que sofreu com a desvalorização
do Real em fevereiro de 99.
De acordo com o IBGE, no primeiro trimestre do ano, a redução de
postos de trabalho em todos os setores comerciais foi de -4,1%.
"Em São Paulo, por exemplo, o comércio de produtos não-duráveis
(alimentação e higiene e limpeza) e semi-duráveis (vestuário e calçados)
puxaram a queda com índices de -6,6% e -2% no primeiro trimestre",
diz. "Isso é resultado do crescimento da área de hipermercados.
As pessoas passam a comprar esses produtos nas grandes lojas e obrigam
o pequeno comércio a fechar postos", explica.
A tendência se comprova com o crescimento de 3% dos empregos no
setor de super e hipermercados, registrada de fevereiro para março
deste ano pelo IBGE.
(colaborou Miguel Vieliczko)
|
|
|
Subir
|
|
|