Diferenças na mama
podem
ser sinal de câncer
ADRIANA
RESENDE
da Folha Online
Divulgação
|
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A
atriz Carolina Dieckman, que apóia a campanha contra
o câncer de mama |
O câncer
é a terceira causa de morte no Brasil e a segunda, quando
as estatísticas se referem ao sexo feminino. No Estado de
São Paulo, por exemplo, o câncer de mama é o
mais frequente como causa de morte. Segundo dados do Inca (Instituto
Nacional de Câncer), dos 284.205 novos casos de câncer
com previsão de ser diagnosticados neste ano, o câncer
de mama será o principal a atingir a população
feminina, sendo responsável por 28.340 novos casos e por
8.245 mortes.
Setenta
por cento dos casos de câncer de mama são diagnosticados
tardiamente, o que dificulta a cura definitiva. Mas a doença,
apesar de não apresentar sintomas como dores ou febre, é
fácil de ser percebida. Alguns sinais são visíveis
e servem de alerta: caroços, manchas e sangramento das mamas
e o afundamento dos mamilos. E a doença não é
exclusividade feminina: 1% dos casos de câncer de mama ocorre
em homens.
Exames
Por
isso, é importante que se faça o auto-exame. As mulheres
devem fazê-lo todos os meses, logo depois de terminada a menstruação.
Caso algum sinal seja percebido, o médico deve ser comunicado,
para que o tratamento seja feito rapidamente. O ideal é que
a mulher o procure antes que o caroço esteja palpável,
ou que esteja ainda pequeno, medindo no máximo 1 cm.
Não é preciso se alarmar. Nem todos os tumores ou
manchas são malignos e significam que você tem câncer.
O câncer é o crescimento descontrolado de células
que invadem os tecidos e órgãos, podendo espalhar-se
para outras regiões do corpo. Quando o câncer se espalha,
forma metástases.
Um
tumor benigno significa simplesmente uma massa localizada de células
que se multiplicam vagarosamente e se assemelham ao seu tecido original
e quase nunca se transforma em risco de morte.
O conselho médico é que a mulher faça pelo
menos uma mamografia aos 35 e outra aos 38 anos. Após os
40 anos, a mamografia deve ser feita anualmente, com o objetivo
de se prevenir da doença.
Frequência
A maior incidência do câncer de mama está entre
mulheres de 45 a 55 anos, sejam mulheres que já passaram
pela menopausa, sejam mulheres que já fizeram cirurgia para
retirar o útero. Nesses casos, como não há
o período menstrual para marcar o dia do auto-exame, a mulher
deve escolher uma data para realizá-lo. Ela deve fazer mamografia
regularmente a partir dessa faixa etária, de preferência
uma vez por ano.
Com
menor frequência, o problema aparece a partir dos 25 anos,
o que indica que dessa idade em diante a mulher deve consultar o
ginecologista anualmente, mas ainda não é necessário
o exame de mamografia a cada consulta. Mas mesmo as adolescentes
devem se auto-examinar, para que aprendam a conhecer o próprio
corpo e sejam capazes de identificar possíveis alterações.
Não
há comprovação científica da hereditariedade
do câncer de mama, mas é recomendável que você
fique atenta à possibilidade da doença se houver casos
de câncer na família, principalmente entre mãe
ou irmãs. Mas independentemente de ser uma doença
hereditária, há indícios de que cada pessoa
tenha ou não predisposição para desenvolver
o câncer.
Fontes:
Maria Elisabeth Mesquita, coordenadora da campanha contra o câncer
de mama da Sociedade Brasileira de Mastologia; Carlos Ricardo Chagas,
secretário-geral da Sociedade
Brasileira de Mastologia.
Siites do Inca
(Instituto
Nacional de Câncer), Hospital
do Câncer A.C. Camargo, Unifesp (Universidade
Federal de São Paulo)
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