Beba
água mineral e proteja sua saúde, mas sem exagerar...
da
Folha Online
Luana
Fischer/Folha Imagem
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Consumidor
atrás de galão de água mineral
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Água
da juventude, elixir da longa vida, bendita ou água de rosas
são algumas das definições que formam a imagem
de saúde, pureza e milagre da água.
Comprovada pela ciência como um dos mais eficientes medicamentos
naturais, a água atenua sintomas de doenças e restabelece
o equilíbrio fisiológico. O seu consumo também
é considerado um importante aliado na prevenção
desses males.
As águas podem ser potáveis, aquelas sem substâncias
químicas e geralmente tratadas, mas boas para beber, ou minerais,
que são as extraídas de fontes naturais e contêm
substâncias como cálcio, magnésio e sódio.
Nem
todas as águas engarrafadas são consideradas minerais.
Muitas delas podem ter origem subterrânea, sim, mas a sua
composição é inferior ao mínimo exigido
em sais minerais para a água mineral. Elas são chamadas
de naturais e são potáveis (como as tratadas e canalizadas).
A semelhança física entre ambas leva frequentemente
o consumidor a acreditar que esteja bebendo água mineral
quando, na verdade, pode estar consumindo a natural. Por isso, é
importante olhar sempre o rótulo e verificar a composição.
Cuidados
Algumas águas terapêuticas ajudam no tratamento de
diversas doenças, mas em excesso podem prejudicar a saúde.
Água com muito cálcio, por exemplo, pode causar problemas
renais, e com excesso de flúor danificar a dentição
de crianças.
A cura por meio da água mineral medicinal tem também
efeitos econômicos positivos. Auxilia na economia de remédios,
reduz o número de faltas ao trabalho e diminui o período
de hospitalização do paciente.
Em países como a França, a Itália e a Espanha,
a previdência social proporciona aos segurados tratamentos
baseados na crenoterapia (ciência que estuda o uso medicinal
das águas). Na França, cerca de 300 mil doentes são
submetidos anualmente a esse tipo de terapia por conta do Estado,
que, em geral, estende-se por 21 dias.
Composição
Mas não só de oxigênio e hidrogênio é
composta a água mineral. Magnésio, sódio, iodo,
potássio, ferro e cloro são algumas das substâncias
químicas que podem ser encontradas nas fontes minerais, em
doses superiores ao miligrama por litro. O cálcio, por exemplo,
é um dos minerais mais presentes, indispensável para
o sangue e na formação de ossos e tecidos.
Dotadas de características que permitem uma rápida
dissolução, a água mineral facilita as transformações
de substâncias complexas em elementos mais simples, que se
tornam facilmente absorvidos pelo organismo. Outra função
da água é a de regular a temperatura do corpo. No
desenvolvimento do metabolismo celular, a água tem importância
vital: ela é o meio, o suporte e o veículo de substâncias.
A água mineral contém sais, ácidos fracos,
oligo-elementos, gases e matéria orgânica, de quantidade
e qualidade variáveis. Esses elementos podem ser encontrados
combinados de diversas formas, o que dá, a alguns tipos de
água, as características terapêuticas.
Fontes: José Luiz Negrão
Mucci, biólogo do departamento de Saúde Ambiental
da Faculdade de Saúde Pública da USP (Universidade
de São Paulo) e tese de doutorado "Águas Minerais",
de Azaury Mattei (orientador: Aristides Almeida Rocha), defendida
na Faculdade de Saúde Pública da USP;Benedictus
Mário Mourão,
médico e diretor do departamento de Serviços Termais
de Poços de Caldas (MG)e titular da Comissão Permanente
de Crenologia do DNPM (Departamento Nacional de Produção
Mineral), ligado ao Ministério das Minas e Energia; Alfredo
Halpern, presidente do Grupo de Obesidade e Doenças do
Metabolismo do Hospital das Clínicas (HC) e do Hospital Albert
Einstein.
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