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Auge
das estâncias hidrominerais foi interrompido pela 2ª Guerra
Mundial
da Folha Online
A história
das águas minerais remonta à Antiguidade, há
cerca de 25 séculos. Existem relatos de seu uso para fins
terapêuticos na Grécia Antiga. Na mitologia grega,
uma lenda conta que Pégaso, o cavalo alado, teria dado um
coice em uma rocha e provocado a abertura de uma fenda, onde teria
brotado a primeira água mineral.
Os
gregos se dedicaram muito ao estudo das águas minerais, mas
foram os romanos que desenvolveram terapias curativas baseadas nelas.
Eles tinham uma veneração quase religiosa pelas fontes
e verdadeira adoração pelos banhos. As termas quentes
ou frias eram usadas para combater a fadiga dos soldados, restaurar
as energias, curar feridas e tratar males crônicos.
No
Brasil, os índios também já se beneficiavam
dos poderes curativos das águas. Mas foi com a chegada da
família imperial portuguesa, em 1808, que iniciou-se uma
avaliação técnico-científica das estâncias
hidrominerais e a confirmação terapêutica dessas
novas fontes.
O auge
das estâncias hidrominerais e climáticas brasileiras
se deu até a Segunda Guerra Mundial. Aqui como no resto do
mundo, a indústria farmacêutica preferiu investir na
fabricação de medicamentos alopáticos para
a rápida recuperação dos doentes e feridos
da guerra, fenômeno que ocorreu principalmente na Europa e
nos EUA, o que enfraqueceu o turismo de saúde e deixou de
lado a crenologia e os recursos naturais.
Outro fato que acelerou a decadência do uso terapêutico
das águas medicinais no Brasil foi a proibição
do jogo, com o fechamento dos cassinos instalados nas cidades hidrominerais.
Hoje,
pode-se afirmar que existe um ressurgimento dos tratamentos crenoterápicos.
As transformações da sociedade moderna e as necessidades
das aglomerações humanas por água de boa qualidade
estão coduzindo ao retorno de curas por meios naturais, como
o termalismo. No Brasil, só nos últimos anos o consumo
de água mineral dobrou. (JB)
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