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Domingo, 02 de julho de 2000

O COLUNISTA RESPONDE


Rodrigo Bueno
     



''Tenho acompanhado com um misto de encanto e surpresa os jogos da Eurocopa. Estou encantado com a qualidade do futebol que as equipes vêm jogando e não sei se é consequência dos péssimos jogos que têm acontecido por aqui no Brasil. Me surpreendo com o tempo de bola em jogo, com a beleza e o carinho com os estádios, com a posição correta da barreira, com o baixo número de cartões amarelos, com a não-reclamação dos atletas na marcação das faltas. Por aqui cada jogo é ''vendido'' como uma guerra... a coisa mais importante da vida das pessoas. Explode a violência, e o principal exemplo é o cidadão que se suicidou no final de Palmeiras e Boca Juniors. Agora, parece-me que nossos técnicos estão atrasados. Na Europa joga-se muito diferente dos clubes daqui. Mesmo uma equipe tradicional e conservadora como a Itália parece-me mais moderna que o Vasco, por exemplo. Será que o problema do não-jogo da seleção brasileira não é esse? Ou seja, o atleta sai daqui, vai jogar em grandes clubes europeus, se adapta ao sistema de jogo do velho mundo. Aí pinta a convocação e quase todos jogam diferente de todos os jogos da temporada em seus clubes. Rivaldo, Roberto Carlos, Élber, Sávio, etc... Destacam-se em alguns jogos os ''não-estrangeiros'' Alex e Ronaldinho Gaúcho, que jogam igualzinho ao que jogam no Palmeiras e no Grêmio.''

Rogério Alexandre Zanetti, Campo Grande, MS

Bom, a Europa tem jogos muitos legais, há respeito pelos estádios, mas não é também tudo ''mil maravilhas''. A Eurocopa foi muito bacana, mas os hooligans quebraram o pau, houve entradas violentas, erros de organização e arbitragem e muito grosso jogando também. Os jogos lá também são vendidos como guerra. A Itália, pelo que mostrou, não tem nada de moderna. Jogaram o melhor ''catenaccio'', sistema antigo ultradefensivo. Já o futebol no Brasil não está lá essas coisas, mas é mais culpa dos dirigentes, que desfazem um campeonato, rebaixam um pequeno que ganhou no campo com méritos, e criam um outro campeonato, com times escolhidos a dedo. Sobre a seleção, os ''estrangeiros'' não tinham a mínima vontade de enfrentar o Uruguai. Estavam de férias da Europa e queriam mais curtir. Desde a chegada na Granja Comary, queriam mais é descanso. Por isso, é que os atletas que atuam aqui acabam rendendo mais em alguns jogos. Precisam mostrar mais serviço.

''Por favor, você poderia me informar de quais cidades italianas são as equipes da Salernitana e do Perugia? E, se não fosse pedir demais, gostaria que você me relacionasse algumas equipes da segunda divisão e suas respectivas cidades.'' Augusto José Colombani

A Salernitana é de Salerno, e o Perugia é de Perugia. Na Itália, com raras exceções, o nome do time traz o nome da cidade.
Vamos a alguns times de divisões menores: Genoa (Gênova), Palermo (Palermo), Catania (Catania), Padova (Padova), Messina (Messina), Taranto (Taranto), Triestina (Trieste), Brescia (Brescia), Modena (Modena), Como (Como), Foggia (Foggia), Pescara (Pescara), Pisa (Pisa), Catanzaro (Catanzaro), Novara (Novara), Lecce (Lecce), Alessandria (Alessandria), Cesena (Cesena), Pistoiese (Pistoia), Varese (Varese), Cremonese (Cremona), Avellino (Avellino), Mantova (Mantova), Ascoli (Ascoli), Ancona (Ancona), Cosenza (Cosenza), Brescello (Brescello), Carpi (Carpi), Carrarese (Carrara), Acireale (Acireale), Casarano (Casarano), Castel di Sangro (Castel di Sangro), Livorno (Livorno), Imola (Imola) e Casale (Casale).


E-mail:
rbueno@folhasp.com.br



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18/06/2000 - A volta dos gols
11/06/2000 - Quanto vale o show?
04/06/2000 - Camisa 10 da seleção
28/05/2000 - Licença para jogar
21/05/2000 - Saem os clubes e entram as seleções
14/05/2000 - "Minhas Desculpas"
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