O personagem

Ari Gomes
Radamés Lattari


A pergunta de hoje

O colunista responde
Aconteceu na semana
Esporte em números
Veja na TV


PENSATA

Segunda-Feira, 22 de maio de 2000
Teste de
forças

Cida Santos
     
Diego Medina
 

A semana é da Liga Mundial de Vôlei. As doze principais seleções do mundo vão testar suas forças a partir de sexta-feira. Será a última grande competição antes da Olimpíada de Sydney, em setembro. Para o Brasil, é a chance de o técnico Radamés Lattari finalmente começar a decidir o seu time.
A seleção está treinando com 24 jogadores. Um exagero: são duas equipes completas de vôlei. Nestes quatro meses que faltam para os Jogos de Sydney, o técnico terá que dispensar 12 atletas e ainda definir o que fará com os cinco candidatos a ponteiros titulares: Nalbert, Giba, Tande, Giovane e Carlão.
Como Tande, Giovane e Marcelo Negrão não estão inscritos na Liga Mundial, a avaliação desses atletas será feita nos treinos e na Copa América, em agosto. Ou seja, um mês antes do início da Olimpíada, o que também não é bom.
A seleção tem grandes jogadores. As questões são: como o time será montado e como o técnico administrará a guerra de vaidades dos atletas?
Dependendo da solução para a disputa dos cinco ponteiros, um deles poderá ficar como líbero. E os mais cotados para isso são Nalbert e Giba. É mais uma posição que poderá ficar indefinida até agosto.
Nesta primeira fase da Liga, o Brasil terá pela frente Estados Unidos, Polônia e Espanha. Dos três, os norte-americanos serão os principais adversários. O time, comandado pelo mago Doug Beal, surpreendeu na Copa do Mundo, em novembro no Japão, ao vencer Brasil, Itália e Cuba.
Doug Beal, mentor da seleção que encantou o mundo nos anos 80 com dois títulos olímpicos e um mundial, voltou ao comando do time disposto a reviver as antigas glórias em Sydney. O atual grupo é bem mais limitado do que o dos anos 80, mas é disciplinado taticamente e tem um grande técnico.
Depois do quarto lugar na Copa do Mundo, os norte-americanos continuaram na estrada. Disputaram o Pré-olímpico em janeiro e garantiram vaga em Sydney. Nos últimos dois meses, fizeram uma série de nove amistosos contra a Coréia do Sul e a frágil Austrália. Perderam apenas um jogo para os coreanos.
A Itália, que tem a incrível marca de sete títulos em dez edições da Liga, está no mesmo grupo de Iugoslávia, Canadá e Argentina. A disputa maior será na chave de Cuba, Holanda, Rússia e França.
Há anos, a Rússia não tinha um time tão bom quanto o atual. A equipe mostrou sua força ao conquistar o título da Copa do Mundo. O que chama atenção na formação russa é o físico. Na Copa do Mundo, a média de altura do titulares era 2,04 m. A equipe tem dois gigantes: Dineikine, 2,16 m, e Kazakov, 2,17 m.
Os russos também se transferiram em peso para a Itália e foram a sensação da temporada. Dos dez maiores pontuadores do último Campeonato Italiano, três são da seleção: Iakovlev, Saveliev e Dineikine. O destaque foi Roman Iakovlev, maior pontuador do torneio, com média de 21 pontos por jogo.

NOTAS:

Italiano

*O Roma, dos cubanos Osvaldo e Ihosvany Hernandez, é o novo campeão italiano. O time garantiu o título ao derrotar o Modena, do atacante Giani, por 3 sets a 2 no terceiro jogo das finais. A partida teve recorde de público na Itália: 15 mil torcedores. Nos outros dois confrontos, a vitória do Roma foi por 3 sets a 1. Surpresa *Em início de temporada e desfalcada de suas principais estrelas que ganharam folga depois do Campeonato Italiano, Cuba fez uma série de sete amistosos no Japão contra a seleção local. Para surpresa geral, perdeu todos os jogos. Reforço *O Rexona deverá ter uma nova estrangeira no lugar da norte-americana Tara Cross Batle. É a belga, naturalizada holandesa, Chaine Staelens, 20 anos e 1,91 m. Staelens vai defender a Holanda no Pré-olímpico de junho, no Japão.

E-mail: cidasan@uol.com.br

Leia mais:

Leia as colunas anteriores:

15/05/00 - O Enigma
08/05/00 - Pesos e medidas
01/05/00 - Tradição mineira
24/04/00 - Jogo de erros
17/04/00 - Duelo de defesas