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Diego
Medina
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A
semana é da Liga Mundial de Vôlei. As doze principais seleções do
mundo vão testar suas forças a partir de sexta-feira. Será a última
grande competição antes da Olimpíada de Sydney, em setembro. Para
o Brasil, é a chance de o técnico Radamés Lattari finalmente começar
a decidir o seu time.
A seleção está treinando com 24 jogadores. Um exagero: são duas
equipes completas de vôlei. Nestes quatro meses que faltam para
os Jogos de Sydney, o técnico terá que dispensar 12 atletas e ainda
definir o que fará com os cinco candidatos a ponteiros titulares:
Nalbert, Giba, Tande, Giovane e Carlão.
Como Tande, Giovane e Marcelo Negrão não estão inscritos na Liga
Mundial, a avaliação desses atletas será feita nos treinos e na
Copa América, em agosto. Ou seja, um mês antes do início da Olimpíada,
o que também não é bom.
A seleção tem grandes jogadores. As questões são: como o time será
montado e como o técnico administrará a guerra de vaidades dos atletas?
Dependendo da solução para a disputa dos cinco ponteiros, um deles
poderá ficar como líbero. E os mais cotados para isso são Nalbert
e Giba. É mais uma posição que poderá ficar indefinida até agosto.
Nesta primeira fase da Liga, o Brasil terá pela frente Estados Unidos,
Polônia e Espanha. Dos três, os norte-americanos serão os principais
adversários. O time, comandado pelo mago Doug Beal, surpreendeu
na Copa do Mundo, em novembro no Japão, ao vencer Brasil, Itália
e Cuba.
Doug Beal, mentor da seleção que encantou o mundo nos anos 80 com
dois títulos olímpicos e um mundial, voltou ao comando do time disposto
a reviver as antigas glórias em Sydney. O atual grupo é bem mais
limitado do que o dos anos 80, mas é disciplinado taticamente e
tem um grande técnico.
Depois do quarto lugar na Copa do Mundo, os norte-americanos continuaram
na estrada. Disputaram o Pré-olímpico em janeiro e garantiram vaga
em Sydney. Nos últimos dois meses, fizeram uma série de nove amistosos
contra a Coréia do Sul e a frágil Austrália. Perderam apenas um
jogo para os coreanos.
A Itália, que tem a incrível marca de sete títulos em dez edições
da Liga, está no mesmo grupo de Iugoslávia, Canadá e Argentina.
A disputa maior será na chave de Cuba, Holanda, Rússia e França.
Há anos, a Rússia não tinha um time tão bom quanto o atual. A equipe
mostrou sua força ao conquistar o título da Copa do Mundo. O que
chama atenção na formação russa é o físico. Na Copa do Mundo, a
média de altura do titulares era 2,04 m. A equipe tem dois gigantes:
Dineikine, 2,16 m, e Kazakov, 2,17 m.
Os russos também se transferiram em peso para a Itália e foram a
sensação da temporada. Dos dez maiores pontuadores do último Campeonato
Italiano, três são da seleção: Iakovlev, Saveliev e Dineikine. O
destaque foi Roman Iakovlev, maior pontuador do torneio, com média
de 21 pontos por jogo.
NOTAS:
Italiano
*O Roma, dos cubanos Osvaldo e Ihosvany Hernandez, é o novo campeão
italiano. O time garantiu o título ao derrotar o Modena, do atacante
Giani, por 3 sets a 2 no terceiro jogo das finais. A partida teve
recorde de público na Itália: 15 mil torcedores. Nos outros dois
confrontos, a vitória do Roma foi por 3 sets a 1. Surpresa *Em início
de temporada e desfalcada de suas principais estrelas que ganharam
folga depois do Campeonato Italiano, Cuba fez uma série de sete
amistosos no Japão contra a seleção local. Para surpresa geral,
perdeu todos os jogos. Reforço *O Rexona deverá ter uma nova estrangeira
no lugar da norte-americana Tara Cross Batle. É a belga, naturalizada
holandesa, Chaine Staelens, 20 anos e 1,91 m. Staelens vai defender
a Holanda no Pré-olímpico de junho, no Japão.
E-mail: cidasan@uol.com.br
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08/05/00 - Pesos e
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24/04/00 - Jogo de
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17/04/00 - Duelo de
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