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10/02/2003
-
04h04
enviada especial da Folha a Buenos Aires
Os corredores do Centro Cultural Recoleta -um complexo dedicado às artes visuais, cênicas e à formação cultural- estão repletos de histórias. Afinal, a construção remete ao início do século 17 e é uma das mais antigas de Buenos Aires. O local foi doado em 1816 a frades franciscanos e abrigou, durante séculos, um mosteiro.
Antecipando a forte ligação que o local teria com as artes, um dos frades, chamado Francisco Paula de Castañeda, fundou ali, em 1815, uma academia de desenho.
Nas placas informativas do centro é dito que Castañeda era um inigualável polemista, mas os motivos não são explicados. Fica a curiosidade sobre essa e outras histórias. Se as paredes falassem...
Na verdade, as paredes realmente "falam". E o que chega aos ouvidos são detalhes da vida afetiva e sexual de um casal. Trata-se de uma instalação da artista plástica Diana Schufer, que consiste de uma caixa vermelha na qual o visitante entra e ouve declarações apaixonadas de um homem e de uma mulher, como se eles estivessem no cômodo ao lado.
Bastam alguns instantes lá dentro para o visitante arregalar os olhos e abrir um sorriso cúmplice. Os sussurros emitidos em uma sala, que antigamente era o claustro de um mosteiro, constituem uma ironia inevitável e permitem várias interpretações.
A exposição de Schufer leva o nome de "Boquitas Pintadas", em homenagem ao Boquitas Pintadas Pop Hotel, cuja decoração dos quartos é assumidamente kitsch. A mostra, da qual participam outros nove artistas, termina neste domingo.
Além dessa, outras 30 exposições estão em cartaz no Centro Cultural Recoleta, abrangendo de pinturas, esculturas e fotografias a arte digital. O local é um ponto importante para quem deseja compreender como a Argentina, imersa em uma crise política e econômica há dois anos, manifesta-se artisticamente.
A visitação é gratuita e as demais atrações, como os espetáculos de teatro, música e dança, têm preços acessíveis. O ingresso para a apresentação "In & Out", da companhia de música Dosaxos 2, por exemplo, custa 12 pesos no final de semana.
Outro passeio simpático, ainda no Centro Cultural Recoleta, é o Museu Participativo de Ciências, no qual é proibido não tocar. As salas exploram temas como eletricidade, óptica, mecânica e ondas de som com peças interativas.
Centro Cultural Recoleta - R. Junín, 1.930, tel. 00/xx/54/11/4803-1040; www. centroculturalrecoleta.org. De ter. a sex., das 14h às 21h; sáb., dom. e feriados, das 10h às 21 h.
Museu Participativo de Ciências - Tel. 00/xx/54/11/4807-3260; www.mpc.org.arg.ar. De seg. a sex., das 9h às 16h; sáb. e dom., das 15h30 às 19h30.
Amarílis Lage viajou a Buenos Aires convite da rede hoteleira Marriott International e da TAM.
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AMARÍLIS LAGEenviada especial da Folha a Buenos Aires
Os corredores do Centro Cultural Recoleta -um complexo dedicado às artes visuais, cênicas e à formação cultural- estão repletos de histórias. Afinal, a construção remete ao início do século 17 e é uma das mais antigas de Buenos Aires. O local foi doado em 1816 a frades franciscanos e abrigou, durante séculos, um mosteiro.
Antecipando a forte ligação que o local teria com as artes, um dos frades, chamado Francisco Paula de Castañeda, fundou ali, em 1815, uma academia de desenho.
Nas placas informativas do centro é dito que Castañeda era um inigualável polemista, mas os motivos não são explicados. Fica a curiosidade sobre essa e outras histórias. Se as paredes falassem...
Na verdade, as paredes realmente "falam". E o que chega aos ouvidos são detalhes da vida afetiva e sexual de um casal. Trata-se de uma instalação da artista plástica Diana Schufer, que consiste de uma caixa vermelha na qual o visitante entra e ouve declarações apaixonadas de um homem e de uma mulher, como se eles estivessem no cômodo ao lado.
Bastam alguns instantes lá dentro para o visitante arregalar os olhos e abrir um sorriso cúmplice. Os sussurros emitidos em uma sala, que antigamente era o claustro de um mosteiro, constituem uma ironia inevitável e permitem várias interpretações.
A exposição de Schufer leva o nome de "Boquitas Pintadas", em homenagem ao Boquitas Pintadas Pop Hotel, cuja decoração dos quartos é assumidamente kitsch. A mostra, da qual participam outros nove artistas, termina neste domingo.
Além dessa, outras 30 exposições estão em cartaz no Centro Cultural Recoleta, abrangendo de pinturas, esculturas e fotografias a arte digital. O local é um ponto importante para quem deseja compreender como a Argentina, imersa em uma crise política e econômica há dois anos, manifesta-se artisticamente.
A visitação é gratuita e as demais atrações, como os espetáculos de teatro, música e dança, têm preços acessíveis. O ingresso para a apresentação "In & Out", da companhia de música Dosaxos 2, por exemplo, custa 12 pesos no final de semana.
Outro passeio simpático, ainda no Centro Cultural Recoleta, é o Museu Participativo de Ciências, no qual é proibido não tocar. As salas exploram temas como eletricidade, óptica, mecânica e ondas de som com peças interativas.
Centro Cultural Recoleta - R. Junín, 1.930, tel. 00/xx/54/11/4803-1040; www. centroculturalrecoleta.org. De ter. a sex., das 14h às 21h; sáb., dom. e feriados, das 10h às 21 h.
Museu Participativo de Ciências - Tel. 00/xx/54/11/4807-3260; www.mpc.org.arg.ar. De seg. a sex., das 9h às 16h; sáb. e dom., das 15h30 às 19h30.
Amarílis Lage viajou a Buenos Aires convite da rede hoteleira Marriott International e da TAM.
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