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14/06/2004
-
06h38
Dormir em um celeiro sobre uma cama de palha soa como um belo programa de índio, mas, se o celeiro for em uma propriedade produtora de queijo suíço com vista para os Alpes, a coisa muda um pouco de figura.
Essa é a proposta da associação Schlaf im Stroh!, que, traduzindo, convida: durma na palha. Ela reúne 240 propriedades rurais que recebem viajantes em celeiros.
E não se trata de celeiros capengas. São acomodações que passam por uma rigorosa --característica bem suíça-- avaliação de qualidade. A análise limita o número de pessoas a ser acomodado em cada propriedade e obriga que as refeições servidas aos hóspedes tenham produtos cultivados naquela fazenda ou naquele sítio.
Basta um pequeno raciocínio para se dar conta de que esse último quesito garante o ponto alto da hospedagem e até compensa eventuais desconfortos da noite passada na palha. Lembremos que o queijo suíço é especial, o iogurte do país é de virar os olhos e tudo isso graças ao bom leite local. Dá para imaginar então o que significa tomar café da manhã em um sítio que produz laticínios (leite, iogurte e queijo).
Outro ponto alto do programa é acompanhar a lida no campo. O hóspede pode levar bois e cabras para o pasto, passear pelos pomares, aprender quando as frutas estão maduras, como se alimenta o gado e observar o trabalho dos funcionários.
Quando entram em questão os produtos que são comercializados, os hóspedes não podem participar. Algumas propriedades fazem atividades em que turistas podem pôr a mão na massa, mas isso deve ser checado antes da reserva, para evitar decepções.
Tabela
A diária nas propriedades associadas sempre inclui o café da manhã. As despesas extras são banho, jantar, piqueniques e outras atividades rurais. Os preços são tabelados pela associação e variam dentro de uma faixa determinada. A diária vai de 13,33 euros a 20 euros para adultos e de 6,66 euros a 13,33 euros para pessoas de até 15 anos. O banho custa 1,32 euro. Já piqueniques, uso de cavalos e outros serviços devem ter seus preços combinados com os anfitriões.
O viajante que topar essa aventura precisa estar ciente de que em sua bagagem deve constar um saco de dormir. A palha pode ser fofinha, quentinha e ter um cheiro doce, como dizem os defensores dessa modalidade de hospedagem. Mas ela pinica.
Outro fator a ser levado em conta por quem estiver disposto a experimentar dormir nos celeiros é que, em alguns sítios, o viajante pode se deparar com uma maneira bem antiga de aquecimento.
Nesses locais, o hóspede repousa em uma espécie de mezanino sob o qual dormem os animais. Trata-se de um sistema de calefação da época medieval. O calor dos bichos esquenta o ambiente, e o fato de eles ficarem no andar de baixo diminui o cheiro que pode causar certo incômodo.
É bom, portanto, perguntar ao proprietário da hospedagem como é a estrutura do celeiro.
Alérgicos devem avisar com antecedência para serem acomodados em celeiros sem palha, com colchões normais.
Um pequeno entrave é que, na área rural, é mais comum encontrar pessoas que falam apenas a língua da região. Então pode-se ter um anfitrião que não siga o padrão poliglota do país.
Durante o verão, como a procura por esse tipo de leito aumenta muito, é recomendável fazer reservas. Além disso, alguns sítios recebem grupos de escolas, ocupando toda a capacidade.
A lista das propriedades pode ser acessada na página www.aventure-sur-la-paille.com, que tem versões em francês, alemão e inglês e pode ser consultada por região.
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Noite sobre palha em celeiro nos Alpes rende deleite no café
da enviada especial da Folha de S.Paulo à SuíçaDormir em um celeiro sobre uma cama de palha soa como um belo programa de índio, mas, se o celeiro for em uma propriedade produtora de queijo suíço com vista para os Alpes, a coisa muda um pouco de figura.
Essa é a proposta da associação Schlaf im Stroh!, que, traduzindo, convida: durma na palha. Ela reúne 240 propriedades rurais que recebem viajantes em celeiros.
E não se trata de celeiros capengas. São acomodações que passam por uma rigorosa --característica bem suíça-- avaliação de qualidade. A análise limita o número de pessoas a ser acomodado em cada propriedade e obriga que as refeições servidas aos hóspedes tenham produtos cultivados naquela fazenda ou naquele sítio.
Basta um pequeno raciocínio para se dar conta de que esse último quesito garante o ponto alto da hospedagem e até compensa eventuais desconfortos da noite passada na palha. Lembremos que o queijo suíço é especial, o iogurte do país é de virar os olhos e tudo isso graças ao bom leite local. Dá para imaginar então o que significa tomar café da manhã em um sítio que produz laticínios (leite, iogurte e queijo).
Outro ponto alto do programa é acompanhar a lida no campo. O hóspede pode levar bois e cabras para o pasto, passear pelos pomares, aprender quando as frutas estão maduras, como se alimenta o gado e observar o trabalho dos funcionários.
Quando entram em questão os produtos que são comercializados, os hóspedes não podem participar. Algumas propriedades fazem atividades em que turistas podem pôr a mão na massa, mas isso deve ser checado antes da reserva, para evitar decepções.
Tabela
A diária nas propriedades associadas sempre inclui o café da manhã. As despesas extras são banho, jantar, piqueniques e outras atividades rurais. Os preços são tabelados pela associação e variam dentro de uma faixa determinada. A diária vai de 13,33 euros a 20 euros para adultos e de 6,66 euros a 13,33 euros para pessoas de até 15 anos. O banho custa 1,32 euro. Já piqueniques, uso de cavalos e outros serviços devem ter seus preços combinados com os anfitriões.
O viajante que topar essa aventura precisa estar ciente de que em sua bagagem deve constar um saco de dormir. A palha pode ser fofinha, quentinha e ter um cheiro doce, como dizem os defensores dessa modalidade de hospedagem. Mas ela pinica.
Outro fator a ser levado em conta por quem estiver disposto a experimentar dormir nos celeiros é que, em alguns sítios, o viajante pode se deparar com uma maneira bem antiga de aquecimento.
Nesses locais, o hóspede repousa em uma espécie de mezanino sob o qual dormem os animais. Trata-se de um sistema de calefação da época medieval. O calor dos bichos esquenta o ambiente, e o fato de eles ficarem no andar de baixo diminui o cheiro que pode causar certo incômodo.
É bom, portanto, perguntar ao proprietário da hospedagem como é a estrutura do celeiro.
Alérgicos devem avisar com antecedência para serem acomodados em celeiros sem palha, com colchões normais.
Um pequeno entrave é que, na área rural, é mais comum encontrar pessoas que falam apenas a língua da região. Então pode-se ter um anfitrião que não siga o padrão poliglota do país.
Durante o verão, como a procura por esse tipo de leito aumenta muito, é recomendável fazer reservas. Além disso, alguns sítios recebem grupos de escolas, ocupando toda a capacidade.
A lista das propriedades pode ser acessada na página www.aventure-sur-la-paille.com, que tem versões em francês, alemão e inglês e pode ser consultada por região.
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