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06/09/2004
-
07h57
Quem já leu o "Quarteto de Alexandria", de Lawrence Durrell (1912-1990), ou as histórias de Cleópatra e de Alexandre, o Grande, deve imaginar que vai visitar uma cidade com tantos sítios arqueológicos como Roma ou Atenas ou com uma vida cosmopolita similar à de outras metrópoles do outro lado do Mediterrâneo.
Se for essa a expectativa, nem vá para Alexandria, que mudou muito ao longo dos séculos. Isso não impede, porém, que Alexandria, ou Alex, como chamam os egípcios, seja uma das mais surpreendentes cidades do Oriente.
A cidade teve o seu apogeu na época de Cleópatra, no século 1º a.C, e depois decaiu até se tornar uma esquecida vila de pescadores. Então, no fim do século 19 e na primeira metade do século 20, viveu um renascimento, quando foi habitada por milhares de comerciantes judeus e armênios.
Havia luxuosos cafés, que tornavam possível compará-la a outras cidades mediterrâneas, como Nice e Marselha (França).
Com cerca de 4 milhões de habitantes, Alexandria cresceu desordenadamente: os cafés decaíram, e os prédios estão com as pinturas descascadas.
Nos verões, Alex se torna o destino de milhares de egípcios das classes baixas, que lotam as cadeiras de plástico da Coca-Cola ao longo dos 20 km de orla.
Mulheres cobertas com véu entram no mar ao lado de homens de shorts. Não há quadras de vôlei de praia, mas eventualmente aparece um surfista ou outro. Biquínis como no Brasil, nem pensar.
Os comerciantes judeus que viviam na cidade até algumas décadas atrás desapareceram. Foram obrigados a fugir do Egito após a criação de Israel e a queda do rei Farouk, quatro anos mais tarde, em 1952, quando Gamal Abdel Nasser assumiu o poder.
Nos últimos anos, Alexandria se esforça para se recuperar da decadência. A principal obra, que destoa da pobreza da cidade, é a nova biblioteca, reaberta em 2002. O prédio, com traços modernos, se converteu na principal atração do local e comporta até 8 milhões de livros --hoje há cerca de um décimo disso. A biblioteca anterior, que tinha o maior acervo de livros da Antigüidade (500 mil), foi destruída no ano 391.
Outros pontos turísticos de Alexandria que devem ser visitados são as catacumbas do século 2º e o forte Qaitbey, construído no século 15 no local onde estava o farol de Pharos, uma das sete maravilhas do mundo, inaugurado em 283 a.C. e destruído em 1303.
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da Folha de S.Paulo no Oriente MédioQuem já leu o "Quarteto de Alexandria", de Lawrence Durrell (1912-1990), ou as histórias de Cleópatra e de Alexandre, o Grande, deve imaginar que vai visitar uma cidade com tantos sítios arqueológicos como Roma ou Atenas ou com uma vida cosmopolita similar à de outras metrópoles do outro lado do Mediterrâneo.
Se for essa a expectativa, nem vá para Alexandria, que mudou muito ao longo dos séculos. Isso não impede, porém, que Alexandria, ou Alex, como chamam os egípcios, seja uma das mais surpreendentes cidades do Oriente.
A cidade teve o seu apogeu na época de Cleópatra, no século 1º a.C, e depois decaiu até se tornar uma esquecida vila de pescadores. Então, no fim do século 19 e na primeira metade do século 20, viveu um renascimento, quando foi habitada por milhares de comerciantes judeus e armênios.
Havia luxuosos cafés, que tornavam possível compará-la a outras cidades mediterrâneas, como Nice e Marselha (França).
Com cerca de 4 milhões de habitantes, Alexandria cresceu desordenadamente: os cafés decaíram, e os prédios estão com as pinturas descascadas.
Nos verões, Alex se torna o destino de milhares de egípcios das classes baixas, que lotam as cadeiras de plástico da Coca-Cola ao longo dos 20 km de orla.
Mulheres cobertas com véu entram no mar ao lado de homens de shorts. Não há quadras de vôlei de praia, mas eventualmente aparece um surfista ou outro. Biquínis como no Brasil, nem pensar.
Os comerciantes judeus que viviam na cidade até algumas décadas atrás desapareceram. Foram obrigados a fugir do Egito após a criação de Israel e a queda do rei Farouk, quatro anos mais tarde, em 1952, quando Gamal Abdel Nasser assumiu o poder.
Nos últimos anos, Alexandria se esforça para se recuperar da decadência. A principal obra, que destoa da pobreza da cidade, é a nova biblioteca, reaberta em 2002. O prédio, com traços modernos, se converteu na principal atração do local e comporta até 8 milhões de livros --hoje há cerca de um décimo disso. A biblioteca anterior, que tinha o maior acervo de livros da Antigüidade (500 mil), foi destruída no ano 391.
Outros pontos turísticos de Alexandria que devem ser visitados são as catacumbas do século 2º e o forte Qaitbey, construído no século 15 no local onde estava o farol de Pharos, uma das sete maravilhas do mundo, inaugurado em 283 a.C. e destruído em 1303.
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